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Palestinos deslocados internamente carregam sacos de farinha perto de um ponto de distribui??o de alimentos em Zikim, norte da Faixa de Gaza, 8 de agosto de 2025. Palestinos deslocados internamente carregam sacos de farinha perto de um ponto de distribui??o de alimentos em Zikim, norte da Faixa de Gaza, 8 de agosto de 2025.  (ANSA)

Comunidade internacional diz n?o ¨¤ ocupa??o de Gaza

Uma enxurrada de cr¨ªticas por parte da maioria dos pa¨ªses ao redor do mundo em rela??o ao plano do governo israelense de ocupar a Cidade de Gaza. Das Na??es Unidas a Bruxelas, h¨¢ apelos veementes para uma reconsidera??o da decis?o. Enquanto isso, o Hamas alertou que n?o haver¨¢ rendi??o. A ONU convocou uma reuni?o de emerg¨ºncia para tratar da quest?o.

Silvia Giovanrosa ¨C Cidade do Vaticano

Ocupar a Cidade de Gaza e evacuar seus aproximadamente um milhão de habitantes para a Faixa Sul até 7 de outubro, data que marca o fim do segundo ano de guerra entre Israel e o Hamas. Este é o plano estabelecido pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que pretende ocupar toda a Faixa de Gaza e libertá-la definitivamente do domínio da facção islâmica.

A decisão gerou forte oposição de quase todo o mundo. Das Nações Unidas a Londres, Paris, Madri e até Ancara, há apelos por uma reconsideração, com a maior preocupação sendo a população palestina, devastada por uma catástrofe humanitária. A exceção é Washington, que, após permanecer em silêncio sobre a invasão terrestre, agora parece estar endurecendo sua posição. O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, afirmou que o objetivo do governo Trump é garantir que o Hamas não possa continuar a atacar pessoas inocentes e resolver a crise humanitária em Gaza. "Há muitos objetivos comuns - afirmou Vance - mas há algumas divergências sobre como exatamente alcançá-los."

A reação palestina

 

"Uma catástrofe sem precedentes" é a definição usada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para o plano do governo Netanyahu e o consequente deslocamento de aproximadamente um milhão de pessoas que atualmente residem na Cidade de Gaza. Mahmoud Abbas e a Autoridade Nacional Palestina se opõem firmemente a essa decisão, reafirmando o direito do povo palestino à autodeterminação. O embaixador palestino nas Nações Unidas, portanto, solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para deter Israel.

Também a União Europeia pretende bloquear a ação de Netanyahu. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu que Israel reconsidere seus planos, enquanto o chefe do Conselho Europeu, Antonio Costa, alertou que, se o governo israelense prosseguir, haverá consequências para as relações: "Tal operação viola o Acordo de Associação e os fundamentos do direito internacional", disse Costa.

Por fim, a decisão do governo alemão de impor uma suspensão parcial do fornecimento de armas a Israel é inédita. A declaração foi recebida com "descontentamento" pelo governo de Netanyahu, também dada a aliança histórica entre os dois países. "Israel tem o direito de se defender - disse o chanceler alemão Merz - mas continua difícil determinar como os planos do governo atingirão esse objetivo".

A resposta do Hamas e dos israelenses

 

"A ocupação de Gaza não será um passeio", alertou a facção islâmica, que se diz pronta para a libertação total dos reféns, desde que Israel cesse os bombardeios e se retire da Faixa de Gaza. "A evacuação da Cidade de Gaza será uma aventura custosa", afirmou o Hamas em um comunicado, "e não haverá rendição". Cidadãos israelenses também estão protestando, especialmente as famílias dos reféns ainda mantidos nas mãos do Hamas, que temem não haver esperança de reencontrar seus entes queridos. Várias manifestações e passeatas foram realizadas em Jerusalém e Tel Aviv, sob o olhar atento da polícia israelense, pronta para dispersar a multidão.

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09 agosto 2025, 13:06