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O leão de Davide Rivalta visto através do "buraco da fechadura" da Praça dos Cavaleiros de Malta, em Roma O leão de Davide Rivalta visto através do "buraco da fechadura" da Praça dos Cavaleiros de Malta, em Roma 

Em Roma, a homenagem da Ordem de Malta: um leão para o Papa

Uma majestosa escultura em bronze, obra de Davide Rivalta, foi colocada nos jardins da 'Villa Magistrale' da Ordem Soberana Militar de Malta, visível através do “buraco da fechadura” da Praça dos Cavaeleiros de Malta, graças à colaboração com a Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Roma. Uma homenagem silenciosa ao Papa Leão XIV.
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Maria Milvia Morciano - Vatican News

No coração de Roma, um majestoso leão de bronze ergue-se nos jardins da Villa Magistrale da Ordem Soberana Militar de Malta, no Aventino - uma das sete colinas sobre as quais a cidade foi fundada, criando um diálogo silencioso entre arte, natureza e espiritualidade. Essa escultura, colocada pela Ordem e pela Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Roma, é uma homenagem ao Papa que escolheu o nome de Leão XIV. A obra insere-se num contexto de colaboração entre instituições culturais e religiosas, enriquecendo a imagem da cidade eterna com um símbolo de força e proteção discreta.

A escultura em bronze posicionada nos jardins
A escultura em bronze posicionada nos jardins

A escolha de colocar essa imponente escultura em um local tão carregado de significado histórico e religioso ressalta a intenção de criar uma ponte entre as diferentes dimensões da experiência humana: a artística, a natural e a espiritual. O leão caminha com o focinho voltado para baixo e o rabo ligeiramente curvado para cima, mostrando interesse e abertura para com o que o rodeia, de acordo com a linguagem corporal dos felinos. Não está rampante e não tem uma atitude agressiva, mas comunica uma segurança pacífica.

Uma homenagem silenciosa ao Papa Leão XIV

O leão, visível através do “buraco da fechadura” da Praça dos Cavaleiros de Malta, insere-se num contexto que liga a cidade de Roma à sua história espiritual. A presença dessa escultura em bronze, realizada pelo artista romano Davide Rivalta, configura-se como uma homenagem silenciosa e reverente ao Pontífice. A escolha de um símbolo tão poderoso como o rei da floresta traduz-se numa mensagem de força calma e contemplação, elementos que estão na base da missão da Ordem e na sua relação com a espiritualidade.

A instalação com o leão em bronze a partir de um outro ponto de vista dos jardins
A instalação com o leão em bronze a partir de um outro ponto de vista dos jardins

A arte como ponte entre a natureza e a espiritualidade

Davide Rivalta, conhecido por suas representações monumentais de animais, consegue com suas obras capturar a essência de criaturas que parecem suspensas entre o realismo e o simbolismo. Suas esculturas, muitas vezes colocadas em espaços públicos e institucionais, como sob o pórtico do Pátio de Honra do Quirinal, em Roma, se distinguem pela intensidade expressiva e pela elegância sóbria. O leão, em particular, manifesta-se como uma presença solene e discreta, capaz de comunicar sem rugir, através da figura nobre que o caracteriza.

Uma ponte entre o passado e o presente

A instalação do leão nos jardins da Villa Magistrale da Ordem Soberana Militar de Malta representa também uma ligação entre as raízes históricas de Roma e as interpretações contemporâneas de símbolos universais. A presença desta escultura convida a uma reflexão silenciosa sobre a continuidade de valores como a proteção, a força e a espiritualidade. “O leão fala sem rugir”, afirmou John T. Dunlap, príncipe grão-mestre da Ordem Soberana de Malta: “é um convite para reconhecer o poder da calma, a proteção que se expressa sem necessidade de palavras e a espiritualidade que se manifesta na contemplação”.

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04 julho 2025, 09:28