Hot¨¦is com jornalistas na Ucr?nia s?o alvos de ataques russos, denuncia RSF
Vatican News
As organizações Repórteres Sem Fronteiras (RSF, sigla em francês) e denunciam a "estratégia deliberada" da Rússia do ditador Vladimir Putin de bombardear hotéis ucranianos onde estão hospedados jornalistas, com o objetivo de "silenciá-los".
De fevereiro de 2022 a meados de março de 2025, relatam as duas ONGs, 31 ataques russos atingiram 25 hotéis na Ucrânia. Somente um desses hotéis ¨C localizado "principalmente em regiões próximas ao front", como Kharkiv (nordeste), Donetsk (leste), Dnipro (centro), Odessa (sul) e Kiev ¨C "era usado pelo exército", enquanto "os outros abrigavam civis". Entre estes, havia "25 jornalistas e profissionais da mídia" que "se viram sob bombardeio", deploram as duas organizações, evocando possíveis "crimes de guerra".
Um deles, o britânico Ryan Evans, conselheiro de segurança da Reuters, foi morto em agosto em Kramatorsk (leste) enquanto pelo menos outros sete profissionais da informação ficaram feridos.
A maioria dos ataques teria ocorrido à noite, quando os hotéis ficam mais movimentados. Além disso, pelo menos 15 ataques foram realizados "com mísseis russos Iskander 9K720, conhecidos por sua precisão", apontam as ONGs, denunciando bombardeios "metódicos e coordenados".
Segundo Pauline Maufrais, correspondente da RSF na Ucrânia, esses ataques "não são casua nemis aleatórios", pelo contrário, "visam reduzir a cobertura jornalística da guerra".
Iniciativa internacional Viktoriia Project¡¯
Ukrainska Pravda, o jornal para o qual a repórter ucraniana ????????? ???????? trabalhou como freelancer, lançou a iniciativa internacional ¡®Projeto Viktoriia¡¯ para investigar as circunstâncias de sua prisão e morte, bem como aquelas dos ucranianos mantidos em cativeiro na Rússia.
A repórter, de 27 anos, foi capturada pela Rússia agosto de 2023, enquanto trabalhava nos territórios ocupados onde procurava documentar a violência infligida nas prisões secretas onde 16.000 opositores, políticos e jornalistas ucranianos acusados ??de resistência estão detidos.
Ela foi presa em Enerhodar, no Oblast da usina nuclear de Zaporizhzhja, sendo transferida para a Rússia, onde permaneceu até sua morte. Somente em maio de 2024 a Rússia admitiu tê-la prendido. Poucos meses depois, em 10 de outubro, a Ucrânia confirmou sua morte sob custódia russa.
Em fevereiro de 2025, a Rússia devolveu os corpos de 757 prisioneiros de guerra à Ucrânia. Entre eles estava o de Roshchyna, erroneamente identificado em documentos russos como um "homem não identificado" e marcado com o número 757 e a inscrição §³§±§¡§³ (Spas), sigla para "insuficiência cardíaca" em russo. Seu corpo, com sinais de tortura, estava sem cérebro, olhos e laringe, de acordo com uma investigação de um grupo de jornais internacionais.
Segundo muitos repórteres ucranianos, essa foi uma escolha intencional: jornalistas não devem pensar, observar, informar. "A Rússia ¡ª disse a porta-voz da Comissão Europeia, Anitta Hipper ¡ª nunca perde a oportunidade de mostrar sua brutalidade desprezível contra os ucranianos, matando e torturando". Na verdade, "isso demonstra claramente ¡ª acrescentou ¡ª que a ocupação russa não é uma opção segura para os ucranianos".
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