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Palestinos caminham em uma estrada danificada, saindo do campo de refugiados de Nur Shams, na Cisjord?nia, em 26 de fevereiro de 2025. REUTERS/Mohammed Torokman Palestinos caminham em uma estrada danificada, saindo do campo de refugiados de Nur Shams, na Cisjord?nia, em 26 de fevereiro de 2025. REUTERS/Mohammed Torokman 

Oxfam: em Gaza, maior deslocamento for?ado desde 1967

¡°Desde o cessar-fogo em Gaza, Israel tem impedido os agricultores de acessar suas terras na Cisjord?nia (...). Os colonos tamb¨¦m intensificaram seus ataques: ataques f¨ªsicos e armados, danos, arranquio e derrubadas de ¨¢rvores se multiplicaram. Uma escalada de ±¹¾±´Ç±ô¨º²Ô³¦¾±²¹ que est¨¢ for?ando um grande n¨²mero de pessoas a abandonar ¨¢reas agr¨ªcolas¡±, denuncia Abbas Milhem, diretor executivo da Uni?o dos Agricultores Palestinos, parceira da Oxfam.

Vatican News com Agência SIR

¡°Uma onda de violência sem precedentes levada a cabo pelo exército israelense e pelos colonos na Cisjordânia está provocando o maior deslocamento forçado desde o início da ocupação em 1967. Tal como já aconteceu em Gaza, também aqui as pessoas são forçadas a sair, mais de 40 mil, desde o início do cessar-fogo, o maior número dos últimos 58 anos¡±.

Este é o alarme lançado nesta quarta-feira, 26, pela Oxfam (confederação de 19 organizações e mais de 3000 parceiros, que atua em mais de 90 países na busca de soluções para o problema da pobreza, desigualdade e da injustiça, por meio de campanhas, programas de desenvolvimento e ações emergenciais), após a ofensiva militar israelense, que causou grande destruição, especialmente no norte da Cisjordânia. Uma operação ¨C como é sublinhado ¨C que começou apenas dois dias após o cessar-fogo em Gaza com o ataque a Jenin e que agora se estende também aos campos de refugiados de Tulkarem, Nur Shams e El Far¡¯a.

Palestinos conversam com um soldado israelense no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto de Tulkarem, onde o exército permitiu que os moradores recuperassem seus pertences após emitir notificações de demolição de várias casas, em meio a uma ofensiva de semanas na Cisjordânia ocupada em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Zain JAAFAR / AFP)
Palestinos conversam com um soldado israelense no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto de Tulkarem, onde o exército permitiu que os moradores recuperassem seus pertences após emitir notificações de demolição de várias casas, em meio a uma ofensiva de semanas na Cisjordânia ocupada em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Zain JAAFAR / AFP)   (AFP or licensors)

¡°Em toda a região, comunidades palestinas estão sujeitas a detenções arbitrárias, impedidas de se deslocar, trabalhar ou ir à escola. Eles estão assistindo impotentes à demolição de suas casas e da infraestrutura essencial da qual dependem¡±, denuncia Paolo Pezzati. O porta-voz para crises humanitárias da Oxfam Itália destaca que ¡°estamos enfrentando uma escalada sem precedentes que o governo israelense está realizando com total impunidade, apoiando os ataques ilegais dos colonos. Uma anexação de fato, que torna cada vez mais difícil para a Oxfam e outras organizações humanitárias ajudar os deslocados, cujas necessidades aumentam a cada dia. Nossos trabalhadores e parceiros foram ameaçados em postos de controle e repetidamente impedidos de entregar ajuda essencial à população.¡±

Desde o início da operação israelense em 21 de janeiro, 51 palestinos - incluindo sete crianças e três soldados israelenses - foram mortos, recorda a organização. No campo de refugiados de Jenin, um ataque militar israelense matou no mesmo dia pelo menos 12 palestinos e forçou mais de 20.000 pessoas a fugir.

Uma mulher carrega sacolas enquanto caminha sobre escombros no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto de Tulkarem, onde as forças israelenses permitiram que os moradores recuperassem seus pertences após emitirem notificações de demolição de várias casas, em meio a uma ofensiva de semanas na Cisjordânia ocupada em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Zain JAAFAR / AFP)
Uma mulher carrega sacolas enquanto caminha sobre escombros no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto de Tulkarem, onde as forças israelenses permitiram que os moradores recuperassem seus pertences após emitirem notificações de demolição de várias casas, em meio a uma ofensiva de semanas na Cisjordânia ocupada em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Zain JAAFAR / AFP)   (AFP or licensors)

Um jovem beneficiário da Oxfam contou que os militares começaram a atirar nas pessoas, queimaram casas e destruíram infraestrutura essencial, incluindo hospitais, enquanto ambulâncias ficaram paradas por horas. No campo, que agora está praticamente deserto, as forças israelenses alargaram as ruas e instalaram placas de trânsito em hebraico dentro das áreas evacuadas.¡°

A situação é muito séria¡±, disse Suhair Farraj, diretora da Women Media and Development, uma organização parceira da Oxfam. ¡°No passado - acrescentou - houve incursões ocasionais do exército israelense, mas nunca nada parecido com isso. Os fechamentos e postos de controle tornam a entrega de ajuda quase impossível. Para uma viagem de duas horas, agora são necessárias doze.¡±

Forças israelenses dirigem em uma estrada destruída no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto de Tulkarem, após supostamente emitirem notificações de demolição de várias casas em meio a uma ofensiva de semanas na Cisjordânia ocupada em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Zain JAAFAR / AFP)
Forças israelenses dirigem em uma estrada destruída no campo de refugiados palestinos de Nur Shams, perto de Tulkarem, após supostamente emitirem notificações de demolição de várias casas em meio a uma ofensiva de semanas na Cisjordânia ocupada em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Zain JAAFAR / AFP)   (AFP or licensors)

¡°Desde o cessar-fogo em Gaza, Israel tem impedido os agricultores de acessar suas terras na Cisjordânia¡±, disse Abbas Milhem, diretor executivo da União dos Agricultores Palestinos, parceira da Oxfam. Somente neste mês, o exército israelense ordenou a expropriação de 1.000 acres (cerca de 40 hectares) para facilitar a anexação e a expansão dos assentamentos. Os colonos também intensificaram seus ataques: ataques físicos e armados, danos, arranquio e derrubadas de árvores se multiplicaram. Uma escalada de violência que está forçando um grande número de pessoas a abandonar áreas agrícolas."

¡°Israel ¨C concluiu Pezzati ¨C está implementando uma estratégia de anexação bem planejada. Violações dos direitos humanos e do direito internacional estão sendo cometidas diante dos olhos do mundo, que permanece silencioso e cúmplice. Estamos testemunhando o que já aconteceu em Gaza, Rafah e Deir Al-Balah. Por isso, lançamos um apelo urgente à comunidade internacional para que a ocupação ilegal e os crimes cometidos por Israel não fiquem impunes, que organizações humanitárias sejam autorizadas a levar ajuda e que o direito à autodeterminação do povo palestino seja garantido".

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26 fevereiro 2025, 13:03