Arm¨ºnia: Patriarca Karekin pede demiss?o do Governo
Vatican News
É melhor que o atual primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan abandone seu cargo e o governo por ele liderado se demita, caso quisermos "evitar acontecimentos traumáticos na vida pública e possíveis conflitos de trágicas consequências".
Este é o conselho do Patriarca Karekin II, Catholicos de todos os Armênios Apostólicos dirigido ao próprio primeiro-ministro armênio, em face da grave crise sócio-política que envolve a ex-República Soviética.
A agitação social e política e os protestos contra o atual Executivo se espalharam por todo país após a assinatura do acordo que pôs fim ao último conflito em Nagorno Karabakh, região de maioria armênia hoje incluída nas fronteiras do Azerbaijão.
A assinatura do cessar-fogo, ocorrida com a mediação da Rússia, foi percebida por grande parte da população e setores políticos nacionais como uma derrota, destinada a fortalecer o controle do governo azeri sobre o enclave armênio, onde em 1991 lideranças locais proclamaram a criação da independente República de Artsakh, não reconhecida pela comunidade internacional.
O acordo alcançado no final da noite de 9 de novembro pôs fim a seis semanas de combates ferozes entre as tropas do Azerbaijão e armênias enviadas por Yerevan. Nas cláusulas, a retirada das forças militares armênias do território do Azerbaijão, o retorno dos deslocados às suas respectivas áreas de residência e o envio de tropas russas como "forças de paz" para Nagorno Karabakh pelos próximos 5 anos.
Na Armênia, manifestações antigovernamentais, alimentadas por forças da oposição, tiveram início na mesma noite da assinatura do acordo, também apresentado pelo presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev como uma verdadeira "capitulação" de Yerevan.
¡°Agora - reconhece o Patriarca Karekin em seu pronunciamento - a opinião geral é que esta delicada situação deveria encontrar sua solução apenas por meios constitucionais, fazendo prevalecer a solidariedade nacional e o bom senso.¡±
Em sua mensagem, Karekin pediu à 'Assembleia Nacional "para agir com responsabilidade pela nossa pátria neste momento crítico, para ouvir as demandas do povo, eleger um novo primeiro-ministro em consulta com as forças políticas e para formar um governo interino".
Nikol Pashinyan, por sua vez, chegou ao poder na sequência de protestos populares que levaram à renúncia de Ser? Sargsyan, o líder político que liderou o país primeiro como presidente e depois (por alguns meses) como primeiro-ministro desde 2008, agora engajado também em pedir a renúncia de seu sucessor.
Agência Fides - GV
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp