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Rui Saraiva – Porto

Foi o próprio Papa Francisco a valorizar o trabalho dos enfermeiros num encontro com esta classe de profissionais da saúde no passado mês de março. O Santo Padre disse-lhes para serem “especialistas em humanidade” e para não se esquecerem do “medicamento da carícia”.

Uma recomendação papal que aumenta a responsabilidade de cada enfermeiro mas que valoriza, ao mesmo tempo, a sua relação com os doentes. Uma relação indispensável que Francisco classificou, na ocasião, como uma verdadeira missão.

A nossa colega do Vatican News, Adriana Masotti, entrevistou Tamara Candiracci dos Médicos Sem Fronteiras. Esta enfermeira italiana recorda a presença essencial desta organização humanitária em países como o Sudão Sul e a Síria.

Revela ainda que, por exemplo, um enfermeiro proveniente de Itália “muitas vezes, têm um papel de supervisor”, pois nas intervenções no terreno os Médicos Sem Fronteiras trabalham diretamente com os enfermeiros locais, como por exemplo, do Congo, do Sudão do Sul e da Síria.

Esta organização trabalha num modo que permite que os enfermeiros locais possam adquirir novas competências para o futuro – afirma a enfermeira italiana.

Tamara Candiracci assinala na entrevista ao Vatican News que a experiência de trabalho numa organização como os Médicos Sem Fronteiras é “muito enriquecedora” possibilitando ser participante de um projeto “multidisciplinar” mas também “multicultural”.

Tamara recorda a enorme importância desta experiência de um ponto de vista humano, pois, em algumas áreas do mundo, não há nenhum acesso a cuidados médicos, sendo possível ver o “efeito imediato” do trabalho desenvolvido.

Por ocasião do Dia Internacional do Enfermeiro que ocorreu no passado sábado dia 12 de maio, a organização Médicos Sem Fronteiras lança um apelo para encontrar novos enfermeiros para os seus projetos, em particular, enfermeiros de bloco operatório e com experiência em neonatologia e pediatria.