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Domingos Pinto - Lisboa

O elogio ao Papa é do Presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdul Vakil, em entrevista à VATICAN NEW.

Declarações na Mesquita de Lisboa no passado dia 16, à margem das comemorações dos 50 anos da presença muçulmana em Portugal, onde se estima que existam cerca 50 mil fiéis e 51 mesquitas e locais de culto.

“O Papa Francisco é excecional. Deus lhe dê longa vida e a possibilidade de continuar com energia e fazer o que ele anda a fazer, tem feito um trabalho fantástico”, diz Abdul Vakil.

O líder islâmico saúda a proximidade do povo português, e deixa um alerta sobre o chamado radicalismo islâmico: “Usam o nome do islão em vão, mas não praticam o islão, porque o islão quer dizer paz”.

Esta sessão em Lisboa contou com a presença de diversas individualidades, entre as quais o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Núncio Apostólico, D. Rino Passigato, o Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente e o Xeque Ahmed Mohamad El-Tayyeb da Universidade de Al-Azhar, instituição de referência para os muçulmanos sunitas, sediada no Cairo.

Nas respetivas intervenções, o Presidente português saudou os valores humanistas da comunidade islâmica de Lisboa, que “constitui um importante exemplo para a nossa vida em comum, para todos quantos querem seguir o mesmo caminho de paz, de fraternidade e de justiça social”.

Por sua vez o secretário-geral da ONU disse que “a diversidade é uma fonte de riqueza, não é uma ameaça (…). [Mas] só por si não garante a harmonia de uma sociedade”, acrescentando que, “para que haja efetivo pluralismo e uma coesão”, tem de haver “um grande investimento”, envolvendo governos, autarquias, líderes religiosos e sociedade civil.

Já à margem da sessão solene, o Cardeal Patriarca de Lisboa sublinhou à VATICAN NEWS a importância da comunidade Islâmica em Portugal.

“Um certo reencontro até com a nossa História onde a presença árabe e muçulmana foi forte”, frisou D. Manuel Clemente que considera que esta comunidade é “um ótimo fator de paz social”.