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XVI Encontro dos Bispos dos Pa¨ªses Lus¨®fonos, em Lisboa (Portugal) - foto cr¨¦ditos ag¨ºncia Ecclesia XVI Encontro dos Bispos dos Pa¨ªses Lus¨®fonos, em Lisboa (Portugal) - foto cr¨¦ditos ag¨ºncia Ecclesia 

Bispos lus¨®fonos re¨²nem-se em Lisboa para ¡°viver a paz na hospitalidade¡±

O XVI Encontro de Bispos dos Pa¨ªses Lus¨®fonos decorre de 9 a 13 deste m¨ºs de setembro em Lisboa e F¨¢tima. Na abertura dos trabalhos foram feitos alertas contra as guerras e os populismos e foi afirmada a vontade das igrejas de express?o portuguesa de serem pontes para acolher e partilhar.

Rui Saraiva ¨C Portugal

Lisboa e Fátima recebem, de 9 a 13 de setembro, o XVI Encontro de Bispos dos Países Lusófonos, que acontece a cada dois anos, reunindo responsáveis católicos de oito nações: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

¡°Sob o tema ¡®Viver a Paz na Hospitalidade¡¯, o encontro pretende aprofundar os laços entre as Igrejas nos diferentes países, refletindo sobre os desafios comuns, partilhando boas práticas e promovendo projetos concretos de cooperação pastoral e social¡±, refere uma nota da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Na abertura dos trabalhos, na tarde de dia 9 de setembro, D. José Ornelas salientou que ¡°a verdade purificadora da memória comum é necessária para sarar feridas e criar um futuro de autêntica fraternidade, na comum dignidade de irmãos e irmãs constantemente renovada pelo Espírito do Pentecostes¡±.

Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa a língua comum portuguesa é fator de sinodalidade para a missão de levar a salvação de Deus a todos.

¡°É a missão que nos move, a missão de levar a salvação de Deus a todos, mormente em cada uma das nossas Igrejas locais. E o facto de falarmos a mesma língua, embora com acentos e entoações distintas, não é indiferente. A sinodalidade que marca o ser da Igreja passa por este fator de vida e missão e deve mover-nos à partilha e à colaboração, como células vivas desta Igreja que quer estar presente onde se encontram os homens e mulheres que esperam e desejam um mundo novo¡±, declarou o presidente da CEP.  

O bispo de Leiria-Fátima alertou para o perigo dos populismos no âmbito do tema das migrações e do seu debate público. Sobre este assunto pediu que haja colaboração entre as igrejas lusófonas.

¡°Este quadro de sermos irmãos em Igreja deve marcar também o nosso contributo para uma cultura que leve os nossos governantes a não cederem a populismos manipuladores, a serem verdadeiramente responsáveis no acolhimento e a saberem integrar os que chegam, na dignidade e na justiça, para fazer um mundo melhor¡±, disse D. José Ornelas.

Por sua vez, D. José Manuel Imbamba, arcebispo de Saurimo (Angola) e presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), nas suas palavras na sessão de abertura, assinalou a existência de uma cultura de violência e a crise do direito internacional. Disse que este encontro acontece num período de noite densa no mundo devido a tensões e guerras.

¡°Este encontro acontece num momento em que o mundo atravessa uma noite densa de escuridão devido ao amontoar-se de tensões entre os Estados e de guerras, umas amplamente mediatizadas e outras esquecidas e/ou silenciadas, que se disseminam praticamente em todos os continentes, cujos horrores e crueldades bradam os céus¡±, assinalou o bispo de Saurimo.

Para D. José Manuel Imbamba, o tema das reflexões nestes dias de encontro, ¡°viver a paz na hospitalidade¡±, revela que as igrejas de expressão portuguesa pretendem ser pontes para acolher e partilhar.

¡°É neste contexto que vamos perceber a profundidade e a atualidade do tema que vai guiar as nossas reflexões nestes dias: ¡®viver a Paz na hospitalidade¡¯. Com isto queremos dizer que as Igrejas de expressão portuguesa pretendem ser pontes que unem, Igrejas que acolhem e partilham as riquezas infinitas que brotam do amor divino, para que a ninguém falte o alimento necessário para viver na dignidade dos filhos de Deus, afirmou o arcebispo.

O programa deste encontro inclui a participação nas celebrações da peregrinação internacional de 12 e 13 de setembro, em Fátima.

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10 setembro 2025, 09:30