Pastoral da Mobilidade Humana: compromisso com os migrantes
Vatican News
O encontro, realizado na Escola Social Juan XXIII, em La Unión de Cartago, de 18 a 22 de agosto, permitiu aos bispos fazer um levantamento da complexa realidade da mobilidade humana, com momentos de esperança, mas também confrontada com as enormes dificuldades enfrentadas por aqueles que são obrigados a deixar suas casas e migrar para outros territórios.
Testemunho de esperança diante da adversidade
Os bispos mostram que os migrantes se tornam um testemunho de esperança, apesar de todas as dificuldades que enfrentam e das políticas antimigratórias que se espalham pela região e pelo mundo. ¡°Eles não se deixam vencer¡±, afirmaram, ao mesmo tempo em que reiteraram a proximidade da Igreja com aqueles que estão em trânsito, abandonados, em centros de detenção, vítimas de tráfico ou em processo de deportação.
A posição da Igreja é muito clara. ¡°Nós os amamos muito, compreendemos o que sofrem, valorizamos suas vidas e os esforços que fazem¡±. Nesse sentido, eles garantiram que a Igreja continuará acompanhando e aprendendo com sua experiência de resiliência e dignidade.
Gratidão às comunidades que acolhem
Ao mesmo tempo, os bispos expressam palavras de agradecimento às comunidades de origem, trânsito e destino que, apesar das narrativas negativas, continuam acolhendo e protegendo os migrantes como irmãos. ¡°Vocês são a ternura de Deus¡±, afirmaram, encorajando-os a continuar promovendo o acolhimento, a proteção, a promoção e a integração, em consonância com o apelo constante do Papa Francisco.
Da mesma forma, exortaram todos os cidadãos à participação social e política inspirada nos valores do Evangelho, para a construção de sociedades justas, seguras e em paz.
Reconhecimento aos agentes e apelo às autoridades
Diante dessa dura realidade, em sua declaração, os bispos estenderam seu reconhecimento às paróquias, dioceses, congregações e comunidades que acompanham diretamente os migrantes em albergues e casas de acolhida. Eles os encorajaram a não desanimar e a continuar com este trabalho samaritano, inspirados no ensinamento de Jesus: ¡°Eu era estrangeiro e vocês me acolheram¡±.
O mesmo fizeram com as autoridades civis da região, às quais lembraram sua responsabilidade na construção do bem comum, exigindo-lhes que exerçam com transparência, justiça e respeito aos direitos humanos. ¡°Com um compromisso autêntico e generoso, é possível construir um mundo melhor¡±, sublinharam.
Esperança compartilhada
Por fim, os bispos colocaram a causa migratória sob a proteção de Nossa Senhora de Los Angeles, padroeira da Costa Rica, renovando o apelo para não ter medo e viver o mandamento do amor ao próximo como base da convivência social e eclesial.
Participaram da reunião cardeais, bispos, padres e leigos representantes das Conferências Episcopais da região, que compartilharam experiências e reflexões sobre a realidade migratória, com o objetivo de fortalecer a pastoral da mobilidade humana e a cooperação regional.
Com Luz Marina Medina Portada - CELAM
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