Ap¨®s 7 horas detido, Pe. Capovilla, da Pax Christi, ¨¦ expulso de Israel
Vatican News
"Fui privado da minha liberdade pessoal por sete horas e depois expulso por representar um perigo para a segurança de Israel. Mas há milhões de pessoas em Gaza que, com a nossa aprovação, são privadas de sua liberdade a cada dia e expulsas de suas terras." Com essas palavras, Pe. Nandino Capovilla, pároco de Marghera (Veneza) e membro do movimento católico Pax Christi, relata sua experiência nestes dias.
Na segunda-feira, ele chegou ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, para participar, juntamente com cerca de outras 15 pessoas, de uma peregrinação liderada pelo arcebispo Giovanni Ricchiuti, presidente da Padre Capovilla, diferentemente dos demais membros da expedição, foi parado, detido no aeroporto e depois expulso.
"Estávamos lá em uma de nossas peregrinações por justiça", diz ele. "Aquelas que nos convidam a não fechar os olhos, onde não visitamos apenas as pedras mortas, mas as vivas. Vamos a campos de refugiados, a paróquias, ouvimos, nos juntamos às denúncias: um estilo que tomamos emprestado de 'Kairos Palestina', um documento de 2009 das Igrejas contra o Apartheid.A escolha é muito clara: não permanecer em silêncio sobre as possibilidades do movimento não violento." "Se não me fizesse sorrir", acrescenta ele, "eu diria que é dramático: parece-me um sinal de um país em desordem. Como é possível que tenha chegado a este ponto? Recusei-me a assinar o decreto de expulsão. É um documento de 1952 que essencialmente diz que a pessoa é indesejada."
Na manhã desta quarta-feira, em um salão da sua paróquia em Marghera, diante uma grande plateia de jornalistas, ele relatou a sua experiência numa coletiva de imprensa, juntamente com o Pe. Renato Sacco, membro do conselho nacional da Pax Christi, e Betta Tusset, coordenadora da campanha "Pontes, Não Muros".
"O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão por crimes contra a humanidade contra o Sr. Netanyahu, sem quaisquer consequências. Por outro lado, Israel prendeu-me", recordou.
O sacerdote, em seguida, refletiu sobre "todos os jornalistas mortos em Gaza e em todas as zonas de guerra, porque dizer a verdade assusta sempre os que estão no poder. A guerra alimenta-se de mentiras; a primeira vítima é a verdade."
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