Patriarcados de ´³±ð°ù³Ü²õ²¹±ô¨¦³¾: deslocamento for?ado em Gaza, uma senten?a de morte
Vatican News
"Apelamos à comunidade internacional para que aja para pôr fim a esta guerra insensata e destrutiva e para que as pessoas desaparecidas e os reféns israelenses possam retornar às suas casas." Com estas palavras, contidas em uma declaração conjunta publicada na manhã desta terça-feira, 26 de agosto, o Patriarcado Greco-Ortodoxo e o Patriarcado Latino de Jerusalém apelaram à mediação de outros países para interromper a "mobilização militar maciça" das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Faixa de Gaza, restituir os reféns israelenses sequestrados durante os ataques de 7 de outubro às suas famílias e, finalmente, restaurar a paz na região.
Destruição e morte
"A população da Cidade de Gaza", prossegue a declaração, "onde vivem centenas de milhares de civis e onde se encontra a nossa comunidade cristã, será evacuada e transferida para o sul da Faixa." "Ordens de evacuação" já foram emitidas "para vários bairros da Cidade de Gaza" e "bombardeios pesados", que acrescentam "mais destruição e mortes a uma situação que já era grave antes do início da operação". Essas ações demonstram, segundo os dois Patriarcados, que "a operação não é apenas uma ameaça, mas uma realidade já em andamento".
A evacuação significaria a morte
A declaração também lembra como "o complexo greco-ortodoxo de São Porfírio e o complexo latino da Sagrada Família" - atingido em 17 de julho por um ataque israelense que deixou três mortos, ferindo levemente o pároco, padre Gabriel Romanelli - têm sido "um refúgio para centenas de civis", incluindo "idosos, mulheres e crianças" e "pessoas com deficiência". Aqueles que encontraram abrigo nas duas igrejas já estão padecendo com o sofrimento de quase onze meses de conflito. "Muitos estão debilitados e desnutridos", argumentam os Patriarcados. Portanto, para eles, "tentar fugir para o sul equivaleria a uma sentença de morte".
Sem futuro
Na incerteza que está prestes a afetar não apenas "nossa comunidade", mas "toda a população", a declaração reitera que "não pode haver futuro baseado no cativeiro, no deslocamento de palestinos ou na vingança. Este não é o caminho certo", continua a declaração. "Não há razão que justifique o deslocamento deliberado e forçado de civis."
Viver na própria terra
O Patriarcado Greco-Ortodoxo e o Patriarcado Latino de Jerusalém citam, por fim, as palavras dirigidas, durante a audiência de sábado, 23 de agosto, pelo Papa Leão XIV a uma delegação do Grupo de Refugiados de Chagos, comprometido com o retorno das Ilhas Chagos à República de Maurício: "Todos os povos, mesmo os menores e mais fracos, devem ser respeitados pelos poderosos em sua identidade e direitos, particularmente o direito de viver em suas próprias terras; e ninguém pode obrigá-los ao exílio forçado." Estas são palavras que eles compartilham e fazem reverberar. Por fim, rezam pela conversão dos corações, para que possamos trilhar os caminhos da justiça e da vida "por Gaza e por toda a Terra Santa".
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