Rel¨ªquias de Santa Teresa de Lisieux em miss?o de paz no ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç
Vatican News com AsiaNews
As cidades e os vilarejos cristãos do Líbano estão vivendo dias de festa pela passagem das relíquias de Santa Teresa de Lisieux, uma missão de paz e intercessão em uma região devastada pela guerra. Coincidentemente, a guerra entre Irã e Israel eclodiu precisamente no dia da chegada das relíquias, na sexta-feira, 13 de junho, surpreendendo quem estava no aeroporto para recebê-las.
Em seus deslocamentos pelo País dos Cedros, elas são acompanhadas pelo Pe. Olivier Ruffray, ex-reitor do Santuário de Lisieux, e por dois dos principais canais de televisão do país.
"Santa Teresa foi acolhida como uma celebridade. Eu mesma senti como se ela estivesse viva, como se estivesse lá pessoalmente", declarou à AsiaNews uma estudante de economia, Suzanne A., que testemunhou a passagem das relíquias na Igreja de Notre-Dame em Jounieh.
Apesar de alguns excessos, devido sobretudo à procissão às vezes apressada de crianças em idade escolar e visitantes em frente ao relicário, essa forma de piedade popular resiste a críticas. Uma tradição que está "bem enraizada na doutrina da Igreja", como afirma o Pe. Michel Abboud, presidente da Caritas-Libano e responsável pelo comitê organizador.
"Geralmente, leva de um a dois anos para receber um pedido", explica o empresário Fady Fayad, membro do conselho municipal de Jounieh e único membro leigo do comitê. No entanto, explica, "conseguimos cancelar uma das visitas planejadas, e a coincidência de sua chegada ao Líbano com a guerra entre Israel e o Irã foi uma casualidade".
De acordo com o Pe. Ramzi Jreige, visitador da Província Oriental dos Padres Lazaristas (a Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paoli) ¡°uma catequese deve acompanhar a visita às relíquias, para que elas encorajem os fiéis a empreender o mesmo caminho de santidade¡±.
O sacerdote acrescenta que a visita às relíquias não é como aquela que se ¡°faz a um museu¡± e o gesto de tocar o vidro protetor em que elas são preservadas ¡°não deve ser puramente mecânico e fruto de superstição¡±. Para que isso aconteça, conclui em sua reflexão, ¡°é necessário criar as condições para um encontro pessoal com Cristo¡±.
Esta é também a opinião do núncio apostólico no Líbano, arcebispo Paolo Borgia. ¡°É uma boa iniciativa¡±, sublinha à AsiaNews o embaixador da Santa Sé no país dos cedros. ¡°Mas trata-se de semear. O importante é tomar Teresa de Lisieux como modelo. Não há nada de extraordinário em sua vida. Sua grandeza está no amor de Deus, segundo as palavras de Nosso Senhor: se o grão de trigo não morre, fica só. Se morre, dá muito fruto.¡±
O núncio não se incomoda com a exuberante acolhida dada às relíquias, com pétalas de rosa, punhados de arroz, tufos de incenso, hinos e sinos. ¡°É bem recebida¡±, enfatiza. ¡°Eu mesmo às vezes sou acolhido dessa forma. É a alegria de receber, o senso da hospitalidade oriental.¡±
Passagem na Nunciatura
O arcebispo Borgia disse ter recebido do Pe. Abboud a garantia de que as relíquias da Santa passariam na Nunciatura em 9 de julho, uma passagem que ¨C aliás ¨C não estava originalmente programada. ¡°Mas é o mínimo que podemos fazer - explica o prelado, - que as relíquias fiquem na Casa do Santo Padre. Será uma visita curta de uma hora, durante a qual as freiras participarão da Missa.¡±
Mas, o que explica a grande popularidade de Teresa de Lisieux, no Líbano e no mundo? Por que tantas famílias libanesas adotam seu nome para suas filhas? Segundo Fady Fayad, o motivo também é que a Igreja Maronita estabeleceu laços estreitos com esta grande santa. Em 1927, o País dos Cedros orgulha-se de ter construído em Shaylé (Kesrouan) o primeiro convento de importância na França a levar seu nome. Em 2016, uma Chapelle du Liban foi inaugurada em Lisieux pelo Patriarca maronita Béchara Raï. Além disso, a visita às relíquias da ¡°Pequena Teresa¡± no Líbano é a segunda, depois da de 2001, que muitos ainda recordam com carinho.
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