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O cardeal Pizzaballa durante uma celebra??o O cardeal Pizzaballa durante uma celebra??o

Quaresma, Pizzaballa: o perd?o ¨¦ mais forte do que as palavras violentas do ¨®dio

Em sua Carta para o in¨ªcio do per¨ªodo penitencial, o cardeal patriarca latino de ´³±ð°ù³Ü²õ²¹±ô¨¦³¾ enfatiza que os ¡°discursos arrogantes do conflito e da recrimina??o¡± n?o impedem que Deus pronuncie com Jesus a palavra da reconcilia??o. Numa mensagem em v¨ªdeo, o cust¨®dio da Terra Santa, padre frei Patton, recorda a Coleta da Sexta-feira Santa: ¨¦ o apoio que nos ajuda a custodiar os lugares santos

Federico Piana - Vatican News

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O coração da Páscoa é a Cruz: a esperança da Igreja e do mundo está fundamentada nela. Uma esperança que não decepciona, apesar do fato de que a história humana parece ser subjugada por guerras, violências, egoísmos, incompreensões. O patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, volta a repetir isso com força em sua Carta para Quaresma, não apenas dirigida aos fiéis de sua diocese, mas necessária para que todo crente compreenda, nestes tempos sombrios e incertos, que as ¡°palavras violentas de rancor e ódio, os discursos prepotentes de conflito e recriminação, não podem impedir Deus de pronunciar em Cristo a palavra de reconciliação: Ave Crux, spes unica!¡°.

Nova possibilidade

A Quaresma representa a possibilidade sempre nova de um dom renovado que, por meio do deserto vivido ao lado de Jesus, leva à graça e ao perdão. ¡°Precisamos dessa nova palavra, dessa palavra da Cruz, que pode parecer loucura para os poderosos e sábios deste mundo e destes dias, mas que, precisamente por desnortear os critérios mundanos, é a única palavra capaz de reabrir caminhos de esperança e paz¡±, escreve Pizzaballa. Ele também se detém no significado do caminho da Cruz, ¡°a Via Crucis ao longo da qual aprendemos, com fadiga, mas com alegria, a nova lógica do dom e do perdão, que precisa de homens e mulheres, jovens e idosos, famílias e crianças dispostos a percorrê-la renovando sua mentalidade e suas atitudes. Somente assim poderemos ter esperança em um futuro de paz¡±.

Paz e reconciliação

E a paz passa pela reconciliação, que se torna um sacramento porque Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo. No entanto, adverte o cardeal, ¡°a palavra da reconciliação, para ser eficaz, deve se tornar ministério, ou seja, serviço, compromisso de indivíduos e comunidades. O dom não é mágico, mas pede para ser acolhido, testemunhado, vivido e compartilhado. Portanto, sintamo-nos todos envolvidos e corresponsáveis, pastores e fiéis leigos, religiosos e religiosas, em levar a palavra e o serviço da reconciliação ao mundo: ¡°Pois agimos como embaixadores de Cristo, como se o próprio Deus estivesse exortando por nosso intermédio¡± (2 Cor 5,20)¡±.

No sinal do Ressuscitado

Substancialmente, os cristãos, reconciliados com Deus, devem sentir no fundo de seus corações o desejo de se reconciliarem uns com os outros e depois com toda a humanidade. Metas que podem ser alcançadas por meio da oração acompanhada de jejum, porque ¡°a paz, dom pascal do Ressuscitado para os seus e para o mundo, brota de suas chagas gloriosas, de Sua vida doada por amor até o fim. Não tenhamos medo, portanto, de ¡°pagar¡± com o dom de nós mesmos pelo ressurgimento da comunidade, do relacionamento e das relações reconciliadas e fraternas em meio a tanta morte e rancor¡±.

Padre Patton: ¡°O ódio trouxe morte e destruição¡±

Em sua mensagem em vídeo para a tradicional coleta em apoio às obras e ao povo da Terra Santa, que será realizada na próxima Sexta-feira Santa, o padre frei Francesco Patton, custódio da Terra Santa, também fez uma referência explícita a essa dor, enfatizando que ¡°a guerra, em muitas frentes, não só trouxe morte e destruição, mas semeou ainda mais o ódio entre povos vizinhos e irmãos. Muitas famílias ficaram sem trabalho e lutaram para mandar seus filhos para a escola, bem como para pagar o tratamento médico de seus entes queridos. Muitos casais jovens tiveram que adiar o sonho de formar uma família e trazer filhos ao mundo¡±.

Apelo à generosidade

Uma crise que não poupou nem mesmo a própria Custódia, a tal ponto que ela foi obrigada a lutar para pagar os salários dos professores e dos colaboradores locais que ajudam nos santuários e nas diversas obras sociais, além de enfrentar o aumento do custo de vida justamente por causa do conflito. ¡°No entanto - acrescentou Patton -, graças à Divina Providência, que se manifestou por meio da solidariedade dos cristãos do mundo inteiro, conseguimos cumprir os numerosos compromissos econômicos: caritativos e institucionais¡±. Em seguida, o custódio lançou um apelo a todos os homens de boa vontade: ¡°Na Sexta-feira Santa, quando a Coleta em favor dos Lugares Santos for feita em suas dioceses e paróquias, lembrem-se de nós e sejam generosos. Exortem seus párocos a não se esquecerem de nós que, por mandato da Igreja presente no mundo inteiro, cuidamos dos santuários da Terra Santa e dos cristãos que vivem ao redor desses santuários¡±.

Mensagem em vídeo do padre frei Francesco Patton

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07 mar?o 2025, 10:29