Caminhando e construindo esperan?a junto aos doentes e sofredores
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Neste ano 2025, como Igreja estamos celebrando o jubileu da esperança, que deve envolver a todos os setores, estados de vida, carismas, serviços e estruturas do Povo de Deus, tornando-os peregrinos da esperança que não engana nem decepciona.
Em relação a Pastoral da Saúde e aos agentes sanitários que acompanham ao mundo da saúde, temos três datas de peregrinação em Roma específicas o dia mundial dos enfermos, 11 de fevereiro, o dia mundial da saúde, 05 e 06 de abril, e dias 28 e 29 de abril a data das pessoas com deficiências. Este ano o dia mundial do enfermo foi celebrado nas Igrejas Particulares, retomando o ano 2026 em Arequipa- Peru, no Santuário da Virgem de Chapi.
Mas ao longo deste ano vamos levar como diz o Papa Francisco o abraço da esperança, que nos fortalece nas tribulações, nos faz descobrir a compaixão do Deus da misericórdia, e nos torna a todos: doentes, enfermeiros/as, médicos/as, administradores, acompanhantes e ministros espirituais em anjos de esperança que cuidam um dos outros e fazem brilhar a luz divina, que cura, restaura e consola. Ainda nos ensina o Papa na Bula Spes non confundit, no nº 11 que é importante oferecer aos doentes sinais de esperança e vida nova, aliviando os sofrimentos, mas também encorajando os próprios doentes a viver e transmitir a esperança viva da presença do Senhor nas suas vidas que embora fragilizadas ascendem a chama viva do infinito amor. Um olhar especial há de se manifestar a todos aqueles que se encontram em condições de vida extenuantes, ou sofrem patologias ou deficiências que limitam fortemente a autonomia pessoal.
O cuidado para com eles é um verdadeiro hino a dignidade humana, um canto como o Magnificat que eleva os pequenos e oprimidos pela dor ou o esquecimento. O jubileu deverá inspirar também gestos comunitários e sócio transformadores, que ampliem a rede de acolhida, atenção e salvaguarda da vida dos doentes, garantindo o acesso à saúde plena e integral.
Momento também para despertar a solicitude e o cuidado para com a Mãe Terra, pois ela sofre também o descaso e a violência, e não podemos curar ou construir a saúde sem curar e proteger a Casa Comum. Finalmente viver intensamente a espiritualidade da saúde, que articula sempre a palavra sanação com a salvação, descobrindo sempre no Deus da esperança, a fonte inesgotável da vida e da plenitude para todas as pessoas e criaturas. Deus seja louvado!
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