¡°Construtores de esperan?a¡± re¨²nem-se em Roma para relan?ar apelo ¨¤ paz
Vatican News
A Igreja está mais uma vez se mobilizando para continuar construindo a paz. E, desta vez, o fez de modo visível, dando voz a todos os movimentos e associações cristãs que atenderam ao apelo do Papa Francisco de se tornarem testemunhas de um diálogo aberto, sem exclusões, que leve à verdade sem condicionamentos das diferentes posições sociais e políticas. Muitos líderes dessas realidades eclesiais - da Comunidade de Santo Egídio às Acli, da Ação Católica ao Movimento dos Focolares, passando também pelos Scalabrinianos e por Comunhão e Libertação - animaram esta segunda-feira (20/01) um debate sem precedentes sobre a esperança de virar a página e deixar para trás guerras sangrentas e conflitos jamais resolvidos, e sobre como a humanidade, cada indivíduo e organização, pode contribuir para um objetivo árduo, mas não impossível, indicado mais uma vez pelo Papa na bula de proclamação do Jubileu de 2025, Spes non confundit.
Etapa de um percurso
O evento realizado esta segunda-feira na sede italiana do Parlamento Europeu, de Roma-David Sassoli - que também contou com a presença do imã da grande mesquita da capital, Nader Akkad, e da presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, Noemi Di Segni - foi uma oportunidade para reiterar com veemência a necessidade de voltarmos a ser verdadeiros construtores da paz. ¡°Este nosso encontro é a primeira etapa de uma agenda para a paz que deverá nos ver cada vez mais protagonistas¡±, disse Piero Damosso, jornalista de cujo livro ¡°A Igreja pode parar a guerra?¡± veio o estímulo para organizar esse encontro.
Mediadores, não intermediários
O acordo entre Israel e o Hamas e a situação na Síria fizeram com que Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Sant'Egidio, dissesse que ¡°são sinais fracos de esperança, mas existem¡±. ¡°Quando era arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio¡±, acrescentou, ¡±nos disse: aprecio o trabalho de vocês porque são mediadores e não intermediários, os intermediários são aqueles que obviamente querem ganhar com a paz, enquanto o único interesse dos verdadeiros mediadores é superar o sofrimento dos povos envolvidos. Fazer a paz requer o estilo não violento¡±.
Pontes de esperança
Margaret Karram, de origem palestina e presidente do Movimento dos Focolares, também falou da necessidade de uma paz construída a partir de baixo. ¡°Para alcançá-la, todos nós, mas realmente todos, devemos construir pontes de esperança. E a nossa comunidade está fazendo isso em tantas áreas do mundo devastadas por conflitos como, por exemplo, o Líbano e a Síria: ajudamos a todos, sem distinção¡±.
Não perder a coragem
Também presente na reunião em conexão estava o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que, falando de Jerusalém, onde está em uma visita - a primeira de um expoente de um governo estrangeiro desde a assinatura da trégua -, quis expressar sua alegria com o acordo e confirmar o compromisso da Itália com a paz: ¡°Em algumas semanas, estarei de volta aqui para receber os navios do projeto Alimentos para Gaza, que conta com o apoio israelense e palestino. A paz levará tempo, mas devemos trabalhar nessa direção sem perder a coragem¡±.
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