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Prociss?o com o quadro de Jesus da Miseric¨®rdia em Papua Nova guin¨¦ Prociss?o com o quadro de Jesus da Miseric¨®rdia em Papua Nova guin¨¦ 

A Igreja Cat¨®lica em Papua Nova Guin¨¦

A Igreja Cat¨®lica em Papua Nova Guin¨¦ ¨¦ uma comunidade cat¨®lica rica de mission¨¢rios, v¨¢rios dos quais s?o argentinos. Hoje, no arquip¨¦lago, os cat¨®licos representam 31% da maioria da popula??o protestante. Grande parte do clero e dos religiosos s?o agora ind¨ªgenas. A Igreja ¨¦ uma realidade bem arraigada, tamb¨¦m gra?as ¨¤ sua importante contribui??o nos campos educativo, sanit¨¢rio e social.

Vatican News

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Papua Nova Guiné tem 19 circunscrições eclesiásticas, 462 paróquias e 971 centros pastorais. O rebanho de fiéis é guiado por 27 bispos e servido por 318 sacerdotes diocesanos e 282 sacerdotes religiosos (600 sacerdotes, no total).

No país há 2 diáconos, 171 religiosos não sacerdotes, 808 religiosas professas, 11 missionários leigos e 3.134 catequistas. Os seminaristas menores são 106 e os maiores 328.

A Igreja é proprietária (ou administra) 3.385 escolas maternas e primárias atendendo 339.105 estudantes; 90 escolas médias inferiores e secundárias com 39.952 estudantes; e 84 escolas superiores e universidades,c om 9.623 estudantes.

Os centros caritativos e sociais de propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos ou religiosos em PapuaNova Guiné são: 166 hospitais, 541 ambulatórios; 1 leprosário; 7 casas para idosos, pessoas com invalidez ou deficiência; 20 orfanatrófios ou creches; 37 consultórios familiares; 19 centros especiais de educação ou reeducação sociais, além de 23 outras instituições.

As origens

 

A evangelização em Papua Nova Guiné remonta ao século XIX, quando o Papa Gregório XVI, em 1844, erigiu o Vicariato Apostólico da Melanésia, inicialmente confiado a diversas congregações e institutos missionários: primeiro os Maristas, Missionários do Pontifício Instituto para Missões Estrangeiras (PIME), então Missionários do Sagrado Coração de Issoudun, aos quais somaram-se outros.

Depois de um início difícil, marcado por paradas bruscas, a partir do final do século XIX a Igreja começou a crescer de forma constante. A reorganização das missões na região remonta a este período: em 1889 foram erigidos o Vicariato Apostólico da Nova Bretanha (hoje Arquidiocese de Rabaul) e da Nova Pomerânia (hoje Arquidiocese de Madang), com território desmembrado do Vicariato da Oceania Ocidental e, ao mesmo tempo, o Vicariato Apostólico da Melanésia assume o novo nome de Vicariato Apostólico da Nova Guiné (hoje Arquidiocese de Port Moresby).

Sete anos mais tarde, em 1896, foi erigida a Prefeitura Apostólica da Nova Guiné do Nordeste. Chegam os primeiros missionários do Verbo Divino (Verbitas) a Wewake e Aitape.

A ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial marcou um duro golpe para a Igreja Católica papua: numerosos religiosos foram mortos, incluindo o catequista Pietro To Rot (1912-1945), que por seu martírio foi beatificado por São João Paulo II em 1995. Em 1966 foi instituída a hierarquia eclesiástica, com três arquidioceses metropolitanas e 11 dioceses sufragâneas.

O Papa Francisco é o segundo pontífice a realizar uma Viagem Apostólica à Papua Nova Guiné, já visitada duas vezes por São João Paulo II, de 7 a 10 de maio de 1984 e de 16 a 18 de janeiro de 1995, por ocasião da beatificação do Servo de Deus Pietro To Rot (1912-1945), catequista e mártir, primeiro Beato de Papua.

A Igreja em Papua Nova Guiné hoje

Um país de maioria cristã

 

95% dos papuas professam a fé cristã, especialmente protestante (principalmente luterana), enquanto 5% pertencem a outras denominações religiosas. Embora seja claramente majoritário, o cristianismo não é a religião oficial e a lei reconhece plena liberdade religiosa para todas as confissões. No entanto, o preâmbulo da Constituição compromete-se a ¡°guardar e transmitir aos que vierem depois de nós as nossas nobres tradições e os princípios cristãos que agora são nossos¡±.

A Igreja Católica opôs-se à proposta apresentada em 2024 de alteração da Constituição destinada a afirmar a identidade cristã. As alterações propostas estabeleceriam a Trindade como fonte de autoridade política, renomeariam o país como ¡°Estado Independente e Cristão da Papua Nova Guin顱 e imporiam entre os ¡°deveres sociais¡± o ¡°respeito, observância e promoção dos princípios cristãos¡±. O impulso para esta forte afirmação da identidade cristã foram ambientes ligados ao mundo evangélico estadunidense e à chamada ¡°teologia da prosperidade¡± que já em 2015 havia obtido a entronização no Parlamento da Bíblia King James (uma versão protestante das Escrituras de quatro séculos atrás). Segundo a Conferência Episcopal, os novos artigos levariam ¡°a uma alteração da natureza do Estado, fazendo da Papua-Nova Guiné um país confessional¡±, em contraste com a diversidade cultural e religiosa que sempre caracterizou a sociedade papua.

O compromisso com a educação

 

A Igreja Católica em Papua Nova Guiné é uma comunidade católica rica de missionários, vários dos quais são argentinos. Hoje, no arquipélago, os católicos representam 31% da maioria da população protestante. Grande parte do clero e dos religiosos são agora indígenas. A Igreja é uma realidade bem arraigada, também graças à sua importante contribuição nos campos educativo, sanitário e social.

A Igreja tem estado na linha de frente na prestação de ajuda material e apoio espiritual às populações afetadas pelo devastador deslizamento de terras que destruiu seis povoados da zona centro do país em maio, matando mais de 2.000 pessoas, às quais o Papa Francisco manifestou a sua proximidade. 

Particularmente apreciado, em uma sociedade ainda caracterizada por uma elevada taxa de analfabetismo, especialmente entre as mulheres, é o papel desempenhado pela Igreja no campo da educação. 70% das escolas do país são administradas por igrejas cristãs. Destas, mais de 3 mil são católicas. No entanto, isto não impediu o Governo de Port Moresby de apresentar, em 2019, um projeto de reforma educativa elaborado sem consultar as Igrejas cristãs que previa o estabelecimento de uma estrutura centralizada e cortes financeiros nas escolas.

A atenção pastoral aos jovens e à família

 

O compromisso no campo da educação insere-se na particular atenção pastoral reservada pela Igreja Papua aos jovens e aos problemas do mundo juvenil, em um país onde as crianças com menos de 20 anos representam quase metade da população. Além da educação, existem inúmeras atividades dedicadas à prevenção das dificuldades, das drogas, da violência, da criminalidade juvenil e do fenômeno das crianças de rua ligado ao da gravidez precoce.

A estas atividades somam-se iniciativas pastorais como a convocação em 2018 de um Ano especial dedicado à Juventude para ajudar os jovens papuas a compreender, viver e dar testemunho da sua fé e a convocação, no mesmo ano, do Congresso Nacional da Juventude sobre o tema ¡°Chamados à plenitude da vida e do amor¡±. Nesta perspectiva insere-se também a grande atenção da Igreja Papua à família que esteve no centro do plano de ação pastoral lançado pelos bispos em 2013 e o desejo de estar presente nos meios de comunicação social, em particular nas redes sociais, que se tornaram um novo espaço importante para a transmissão da fé às novas gerações.

O envolvimento dos leigos na evangelização

 

Outra prioridade da Igreja de Papua Nova Guiné é a promoção do papel dos leigos na nova evangelização. A eles foi dedicado novo plano de ação pastoral ¡°Leigos Católicos: formados para a missão¡± lançado em 2020. O objetivo é estimular os fiéis papuas a viver concretamente a sua fé cristã na vida quotidiana, dando testemunho de Cristo também com preocupação pelos mais vulneráveis. na sociedade: os pobres, os presos, os refugiados, os toxicodependentes, as crianças da rua, os sem-abrigo, os deficientes, os doentes de SIDA.

O compromisso da Igreja com os direitos humanos e a Criação

 

A fragilidade e a exclusão social são uma questão importante para a Igreja em Papua Nova Guiné, que tem repetidamente feito ouvir a sua voz em defesa dos direitos humanos dos refugiados e requerentes de asilo detidos na ilha de Manus e em Port Moresby, a pedido do governo australiano e dos povos indígenas locais ameaçados pelas atividades de empresas extrativas estrangeiras. A posição dos bispos não é menos firme contra a reintrodução da pena de morte, reinstaurada em 2013 para alguns crimes, contra a violência ligada às crenças ainda difundidas sobre a bruxaria e contra o flagelo do tráfico de seres humanos.

Os bispos acompanham com preocupação as crescentes tensões sociais que resultaram em violentos protestos em Port-Moresby no início do ano contra o corte acentuado nos salários dos funcionários públicos. Em uma mensagem aos fiéis após os incidentes, o arcebispo da capital, cardeal John Ribat, ao mesmo tempo que condenava a violência, denunciou a falta de ação por parte das autoridades contra o aumento dos preços dos bens de primeira necessidade, o que não corresponde a um aumento nos salários.

Outro tema importante sentido particularmente pela Igreja papua é o da salvaguarda da Criação. A Papua Nova Guiné é, de fato, um dos Estados mais afetados pelas alterações climáticas e pela consequente subida do nível do mar (nomeadamente nas ilhas Manam, na província de Madang, e nas ilhas Cartaret, na região autônoma de Bougainville). Existem diversas iniciativas de sensibilização, mas também ações concretas para promover ¡°uma conversão ecológica¡± no arquipélago, no espírito da ¡°Laudato si'¡±.

As relações com outras Igrejas

 

No que diz respeito às relações com outras denominações cristãs, desde 1965 funciona o Conselho das Igrejas da Papua Nova Guiné, reunindo a Igreja Católica, a Igreja Evangélica Luterana, a Igreja Unida, a Igreja Anglicana, a União Batista, o Exército de Salvação e a Igreja Luterana Gutânio (à qual devem ser acrescentados vários membros associados). Os adventistas do sétimo dia e os pentecostais não participam. Além de promover o diálogo ecumênico entre os seus membros, o Conselho promove projetos sociais comuns e intervém ocasionalmente em debates públicos.

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06 setembro 2024, 06:00