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Irm? Maria Lucia Ferreira da Congrega??o das Monjas da Unidade de Antioquia Irm? Maria Lucia Ferreira da Congrega??o das Monjas da Unidade de Antioquia 

Irm? Myri: na ³§¨ª°ù¾±²¹ a situa??o est¨¢ p¨¦ssima, as pessoas est?o passando fome

A crise econ?mica, consequ¨ºncia de 12 anos de guerra e as san??es impostas ao regime de Damasco, est¨¢ levando a popula??o s¨ªria a viver em uma situa??o dram¨¢tica. O testemunho da Irm? Maria L¨²cia Ferreira da Congrega??o das Monjas da Unidade de Antioquia, dado ¨¤ Funda??o Ajuda ¨¤ Igreja que Sofre de Portugal

Vatican News

A crise econômica em consequência dos longos 12 anos de guerra e das sanções impostas ao regime de Damasco, está levando a população da Síria para uma situação dramática. Em mensagem enviada à Lisboa, para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, a Irmã Maria Lúcia Ferreira, que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, na vila de Qara, afirma que ¡°há pessoas que estão passando fome¡±, e descreve uma população empobrecida que vive praticamente sem eletricidade e que agora vai ter de enfrentar os duros dias de inverno que se avizinham também sem acesso a combustíveis.

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Sanções e pobreza

¡°A situação econômica na Síria está realmente péssima, há muitas pessoas que passam fome, sobretudo nas grandes periferias e nas cidades, pois a guerra destruiu muitos postos de trabalho e muitas estruturas no país¡±, explica esta religiosa que é mais conhecida como Irmã Myri e que pertence à Congregação das Monjas da Unidade de Antioquia. O empobrecimento das populações é consequência não só das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e União Europeia ao regime de Bashar al-Assad, da desvalorização constante da moeda local, a lira síria, face ao dólar, como ainda da epidemia da Covid-19 que deixou o país bastante fragilizado.

Sem poder aquisitivo

Para muitas famílias, a sobrevivência no dia-a-dia é algo de dramático. A Irmã Myri dá o exemplo de uma família que vive na vila de Qara. ¡°São cinco pessoas, só o pai é que trabalha, só ele é que tem salário, a mãe não trabalha. Se compram arroz não podem comprar vegetais, e se compram vegetais, não podem comprar o resto¡­ E se formos falar da compra de roupa, ou de qualquer outra coisa para a casa, isso então [já] não é possível, porque cada peça, uns sapatos, por exemplo, custam um quarto do salário ou metade mesmo¡­ Isto também para não falar de azeite ou de óleo para fritar¡­ as famílias, praticamente, só podem comprar um litro por mês¡­¡±. Toda esta situação de enorme fragilidade acentua-se agora com a chegada dos dias muito frios de inverno. ¡°Este ano, as famílias vão muito provavelmente passar frio pois comprar o mazut [óleo para o aquecimento], que se utiliza habitualmente, ou lenha, tornou-se extremamente caro. Não sei, não sei o que vai acontecer¡­ E a eletricidade é quase inexistente!¡±

Apelo

Face a toda esta realidade, a Irmã Myri agradece a ajuda da Fundação AIS que este ano encomendou, para a Campanha de Natal, algumas peças de artesanato bordadas em lã por mulheres cristãs da vila de Qara, onde está situado o Mosteiro de São Tiago Mutilado. ¡°Iniciativas destas realmente são uma bênção¡±, diz a religiosa portuguesa pedindo, se possível, novas encomendas. ¡°Foi muito bem-vinda esta encomenda e espero que haja outras e encorajo-vos a comprar os artigos da Fundação AIS pois isso ajuda muitas pessoas a ter esperança.¡±

(com AIS - Portugal)

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24 novembro 2022, 11:17