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Ordena??o de Rogacionistas em Douala, Camar?es Ordena??o de Rogacionistas em Douala, Camar?es 

Libertado sacerdote sequestrado na Rep¨²blica dos Camar?es

¡°A ora??o ¨¦ a nossa ¨²nica arma: sem ela, n?o somos nada. Deus, de fato, nos enviou um sinal ap¨®s nove dias de intensas ora??es, ou seja, depois de uma Novena. Ele fez tudo isso por n¨®s¡±, disse padre Eboka ap¨®s sua liberta??o. Ele exortou os fi¨¦is a conrinuarem rezando "para que a paz volte ao pa¨ªs¡±.

Isabella Piro ¨C Vatican News

¡°Estou são e salvo¡±: estas foram as primeiras palavras proferidas pelo padre Christopher Eboka, diretor de Comunicação Social da diocese de Mamfe, no sudoeste de Camarões, sequestrado no dia 22 de maio.

O sacerdote foi sequestrado durante uma breve visita pastoral às paróquias da cidade, em preparação para a solenidade de Pentecostes. Ele havia sido capturado por combatentes separatistas que reivindicam a independência da região anglófona do país africano.

Pela libertação do padre Eboka, a diocese lançou inúmeros apelos e na última sexta-feira, 28 de maio, organizou um momento de oração em todas as paróquias. Na terça-feira, o sacerdote foi libertado e saudou os fiéis da Catedral diocesana dedicada a São José: ¡°Estou muito feliz, estou bem e agradeço a Deus Todo-Poderoso por tornar possível o meu retorno à liberdade e estou grato a todos pelas orações".

 

¡°A oração - acrescentou o sacerdote - é a nossa única arma: sem ela, não somos nada. Deus, de fato, nos enviou um sinal após nove dias de intensas orações, ou seja, depois de uma Novena. Ele fez tudo isso por nós¡±.  Neste sentido, a exortação a ¡°continuar rezando para que a paz volte ao país¡±.

 Na verdade, desde 2016, a República dos Camarões está dividida entre o governo central francófono e os separatistas anglófonos que se queixam da marginalização social e política de suas províncias, no noroeste e sudoeste do território. No decorrer dos anos, os protestos se transformaram em confrontos violentos com os quais os separatistas reivindicaram a independência da chamada "República da Ambazônia".

Os próprios separatistas reivindicaram a responsabilidade pelo sequestro do padre Eboka: em nota divulgada nas redes sociais, os representantes da chamada "Ambazônia" explicaram seu gesto como sendo um alerta à Igreja Católica para "assumir uma posição neutra" no conflito, ao mesmo tempo que expressaram o seu apreço ¡°pelo grande trabalho humanitário que está a realizar para ajudar a população que sofre¡±.

Por sua vez, a Conferência Nacional dos Bispos lançou nos últimos anos vários apelos à reconciliação e ao diálogo entre as partes envolvidas. Apelos também reafirmados pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, que visitou Camarões de 28 de janeiro a 3 de fevereiro do corrente. Em vários encontros com as autoridades e os fiéis, o purpurado expressou, também em nome do Papa Francisco, a sua proximidade com a população, juntamente com a esperança de que o país africano encontre brevemente a paz e a reconciliação.

O sequestro do padre Eboka é apenas o mais recente de uma série de sequestros de sacerdotes, bispos e cardeais ocorridos nos últimos anos. A mais impressionante foi a do cardeal Christian Tumi: o arcebispo emérito de Douala, já falecido, foi sequestrado duas vezes, em novembro de 2020 e em janeiro de 2021.

Vatican News Service - IP

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02 junho 2021, 07:00