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Com um megafone, a ora??o de dois sacerdotes em hospital italiano

Padre Alvise Leidi e padre Gregorio Cimena Cibaka, dois sacerdotes da Par¨®quia de Santa Maria della Cella, em Sampierdarena, levam a proximidade de Deus e sua Palavra aos doentes e funcion¨¢rios de hospital em G¨ºnova.

Jackson Erpen - Vatican News

O cenário é o Hospital Villa Scassi, em Sampierdarena, Gênova. Impossibilitados de entrar e circular pelos diferentes setores da estrutura hospitalar devido ao coronavírus, dois sacerdotes encontraram uma maneira criativa de levar a Palavra de Deus, proximidade e encorajamento aos doentes e funcionários: o uso de um megafone. E das janelas, olhares curiosos e agradecidos acompanham as orações.

Apenas nessa semana muitas regiões na Itália passaram para a faixa - ou bandeira ¨C amarela, o que permitiu maior flexibilização nas medidas adotadas ainda em outubro para conter os contágios, que somente nesses dias passaram a uma média diária por volta dos 11-12 mil. Mas o número de mortes ainda é elevado, entre 400 e 500 a cada dia.

Mas a inspiração para a ação dos sacerdotes, remonta àquele inesquecível 27 de março de 2020, ¡°Momento Extraordinário de Oração em Tempo de Pandemia¡±, com o Papa Francisco em uma Praça São Pedro deserta e sob chuva intensa, mas acompanhado por milhões de pessoas em todo mundo, entre eles os dois sacerdotes: padre Alvise Leidi e padre Gregorio Cimena Cibaka, sacerdotes da Paróquia de Santa Maria della Cella, em Sampierdarena.

 

¡°Foi uma imagem muito forte, o Papa sozinho que rezava pelo fim da pandemia e pelos tantos doentes que morreram sem poder abraçar seus entes queridos novamente¡±, declararam ao The Worl News. Uma experiência atroz e diária vivida no hospital que, nos dias da primeira onda de Covid, esteve no centro da tempestade da qual falava o Papa.

¡°Tenho de encontrar uma forma de fazer sentir que, mesmo quando nos sentimos mais abandonados, o Senhor está perto de todos nós, quem sabe por meio de dois pobres padres - disse para si um dos sacerdotes. Não podíamos estar fisicamente ao lado dos leitos, tínhamos então ao menos fazer ouvir as nossas vozes¡±.

Assim, a decisão de assumir a nova missão. Diariamente, às 12 horas, os dois sacerdotes chegam ao hospital genovês. Suas vozes chegam a todos os pavilhões, com os alto-falantes usados nas procissões que, atualmente devido à Covid, não podem ser realizadas.

A primeira etapa é no cruzamento entre os pavilhões centrais do complexo hospitalar, ponto estratégico de onde a voz da oração pode chegar longe. O segundo, mais delicado, é diante das enfermarias Covid. E a oração, começa com, os pedidos: ¡°Invoquemos o Espírito Santo consolador, rezemos uma dezena do Rosário e depois repitamos a oração escrita pelo Papa Francisco para esta pandemia¡±.

Nas condições atuais é o que se pode fazer, diz padre Gregorio Cibeka, congolês de Kinshasa, 51 anos, capelão do hospital explicando, que ¡°se os familiares solicitarem à direção, estamos autorizados a dar a Unção dos Enfermos¡±.

Os sacerdotes não sabem quantos nem quem são os atingidos pela oração, mas ¡°estamos aqui para que ninguém se sinta sozinho, para recordar que Deus está próximo de cada um de nós¡±, afirma. ¡°Somos voz sem rosto, mas muitos doentes que rezam conosco se sentem menos sozinhos¡±, dizem os sacerdotes, não obstante a proximidade diária com a dor e o sofrimento.

Os capelães são reconhecidos como médicos da alma dentro dos hospitais, organizados organicamente graças aos acordos nacionais de assistência religiosa em hospitais e um acordo entre a Arquidiocese de Gênova e o Asl3 genovês, assinado pela primeira vez na época do cardeal Giovanni Baskets em 1994. Acordos e medidas de empresas se sucederam ao longo do tempo, tendo sido a última renovação realizada no início de 2021.

¡°O serviço é prestado por sacerdotes, religiosos e religiosas, diáconos com específico encargo do Ordinário diocesano, ou pelos sacerdotes do vicariato das paróquias adjacentes aos hospitais no âmbito da pastoral ordinária¡±, diz o documento.

É pedida disponibilidade de 24 horas, para cada dia do ano, mas os capelães não recebem nenhum salário. Em vez disso, a empresa de saúde compromete-se a "garantir a todos os responsáveis ??pela assistência religiosa a cobertura por responsabilidade civil por danos a terceiros durante a prestação do serviço".

*Com informações de The World News

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03 fevereiro 2021, 14:56