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Igreja de Nangololo havia sido atacada a primeira vez em abril de 2020 Igreja de Nangololo havia sido atacada a primeira vez em abril de 2020 

Mo?ambique: Miss?o de Nangololo completamente destru¨ªda por terroristas

Nestesa dias, a Ajuda ¨¤ Igreja que Sofre, em uma nota de seu presidente executivo, Thomas Heine-Geldern, havia lan?ado um alarme sobre a preocupante situa??o vivida em v¨¢rios pa¨ªses do Sahel e no norte de Mo?ambique, em Cabo Delgado, regi?o sob violentos ataques de grupos armados que afirmam pertencer ao autoproclamado Estado Isl?mico (Daesh), advertindo que a "amea?a terrorista est¨¢ crescendo" na ?frica.

Vatican News

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¡°Tudo está destruído ...¡± diz com pesar padre Edegard Silva, missionário brasileiro saletiano, ao constatar os estragos sofridos pela missão de Nangololo, localizada no distrito de Muidumbe, que havia sido atacada, ocupada e destruída por grupos armados que semeiam terror e morte na Província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

¡°No dia 30 de outubro, os terroristas voltaram a ocupar o distrito de Muidumbe, onde está localizada nossa missão¡±, recorda o missionário. ¡°Toda a população fugiu para o mato. Refugiamo-nos em Pemba¡±, relata. Nesse período, toda a área permaneceu sob o controle dos rebeldes, que deixaram a missão católica em 19 de novembro. Só então foi possível verificar o que havia acontecido.

 Padre Silva escreve que ¡°está tudo destruído, a casa onde vivíamos ficou reduzida a cinzas ... todo o equipamento foi queimado, a sede da paróquia destruída, a rádio comunitária queimada, a casa das irmãs destruída¡±.

 

As notícias que chegam de Pemba não falam apenas da destruição das construções da Missão, da Igreja, da rádio e da casa das irmãs, mas falam também do intenso sofrimento da população diante da violência dos insurgentes e dos massacres que cometeram contra civis.

¡°Muitos corpos em decomposição foram encontrados ao longo do caminho, assim como e os locais dos massacres. As ações dos terroristas são violentas, várias pessoas foram decapitadas, casas queimadas e destruídas¡±, conta padre Silva. ¡°Várias pessoas não conseguiram encontrar suas famílias. Fala-se de massacres e de 500.000 deslocados¡±. A situação humanitária é agravada por epidemias de cólera e Covid-19.

O sacerdote recorda a importância da ¡°solidariedade internacional¡± perante este cenário de guerra e destruição, para responder à necessidade de alojar e fornecer alimentos, medicamentos, água, tendas, lonas para 500 mil pessoas.

Os insurgentes que semeiam morte e destruição no norte de Moçambique são chamados de "Al Shabaab" e são filiados ao Estado Islâmico desde 2019. Eles rejeitam a sociedade laica existente e querem fundar uma sociedade regida pela lei islâmica, a sharia. Eles também querem fundar um Califado; o Estado Islâmico fala de Moçambique e do Congo como Província (Wilayat) do ISIS (Daesh) na África Central. Mas os insurgentes também falam de um Califado suaíli a ser instalado na África Oriental - Moçambique, Tanzânia, Quênia.

 Agência Fides - LM

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15 janeiro 2021, 12:57