D. Jos¨¦ Ornelas: ¡°N?o se pode deixar ningu¨¦m para tr¨¢s¡±
Domingos Pinto ¨C Lisboa
¡°É preciso encontrar um novo equilíbrio entre a atividade económica, política, cultural e de lazer, por um lado, e por outro, as realidades fundamentais da vida humana e do Planeta¡±.
O desafio foi lançado pelo Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa na abertura da Conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) transmitida on line no passado dia 7 de novembro.
Uma conferência centrada no tema «Viver a Laudato Si´ ¨C Hoje», na qual D. José Ornelas disse que nestes meses ¡°fomos apanhados¡± por um ¡°grande susto¡±, numa referência à pandemia que atinge a Humanidade.
¡°Não se pode deixar ninguém para trás. Nem pessoas, nem grupos étnicos ou sociais, nem países, nem continentes¡±, alertou o prelado que considera que ¡°a discrepância e a falta de condições dos mais desfavorecidos vai a breve ou a mais longo termo tornar impossível a vida e a atividade de todos¡±.
Na mesma linha a intervenção do professor da Academia Alfonsina (Roma ¨C Itália), padre Martin Nunez, que defende um ¡°pacto global da humanização¡± porque o mundo necessita de ¡°uma ecologia e antropologia integral¡±.
¡°Não dependemos apenas das nossas capacidades¡± e ¡°não se pode deixar ninguém para trás¡±, disse o sacerdote que considera que o mundo requer uma ¡°atitude nova¡±.
Outra internação de fundo foi a da socióloga do ambiente, Luísa Schmidt, que explicou que a crise provocada pela pandemia ¡°criou ruturas na transição ecológica¡±.
¡°O que fizermos ao mundo é a nós que fazemos também, e perante a nossa vulnerabilidade só podemos contar com o valor da solidariedade¡±, precisou a socióloga que defende a ideia de ¡°justiça socioambiental e do valor da amizade social entre todos¡±.
A encerrar a Conferência anual da CNJP, D. José Traquina, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, referiu que ¡°é a nossa própria dignidade que está em jogo¡±, e que ¡°a mãe terra¡± reclama ¡°os maus tratos que tem sofrido¡±.
¡°Torna-se necessário um novo estilo de vida onde cada pessoa se realize como um Dom com os outros e para os outros¡±, concluiu o bispo de Santarém.
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