Portugal: Pandemia criou ¡°realidades escondidas e envergonhadas¡±
Domingos Pinto - Lisboa
"Há pessoas que estão a viver mal. Muitas pessoas em lay-off, mas mais do que isso, são aquelas pessoas que perdem efetivamente os seus rendimentos¡±.
A preocupação com o impacto da Covid-19 em Portugal, nomeadamente o desemprego, é da irmã Graça Guedes, a nova presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) eleita para o triénio 2020-2023 no passado dia 29 de junho na Assembleia Geral que decorreu em Fátima.
A provincial portuguesa das Religiosas do Amor de Deus diz que acolhe esta nova missão que a igreja lhe confia com ¡°tranquilidade, com humildade, com responsabilidade, porque é uma tarefa que exige dedicação, exige coerência de vida¡±.
Já sobre as prioridades do seu mandato, a religiosa considera que é importante ¡°valorizar a ecologia integral na linha da Laudato Si¡± e ¡°testemunhar uma vida consagrada junto da juventude tendo em vista a preparação para a Jornada Mundial da Juventude¡±.
Por outro lado, a nova presidente da CIRP quer ¡°reforçar a presença dos consagrados nas plataformas digitais¡±, o papel relevante do ¡°trabalho de intercongregacionalidade¡±, e não ter ¡°medo de estar na linha da frente neste tempo de pandemia¡±.
Reafirmando a importância da ´Laudo Si´, a religiosa diz que ¡°é uma grande alegria olhar para este pontificado¡±, porque ¡°o Papa Francisco tem tido um papel relevante de proximidade, de estar com todas as franjas da Humanidade¡±, o que representa para os consagrados um desafio ¡°a apresentar uma igreja comunhão¡±.
A irmã Graça Guedes que sucede na presidência da CIRP ao missionário comboniano padre José Vieira e tem como vice-presidente o provincial dos espiritanos, padre Pedro Fernandes, considera que a COVID-19 é ¡°verdadeiramente um flagelo¡± que tem provocado ¡°muita dor¡±.
¡°É uma oportunidade de conversão interior, de olharmos a nossa forma de viver, como poderemos viver de forma mais ecológica, como poderemos fazer bem aos outros¡±, explica a religiosa que considera que ¡°tem havido uma preocupação muito grande dos consagrados de estarem atentos a essas realidades que estão muitas vezes escondidas e envergonhadas no nosso país¡±.
Ao portal da Santa Sé a nova presidente da CIRP sublinha que ¡°a vida consagrada poderá ser uma presença de Deus, em primeiro lugar, mas também uma presença de Humanidade, de proximidade com aqueles que mais precisam¡±, no fundo, ¡°uma presença evangelizadora¡±.
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