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Instituto de Defesa do Direito ¨¤ Defesa pedeiu a soltura de presos que n?o tenham cometido crimes violentos e perten?am a grupos de riscos ao coronav¨ªrus Instituto de Defesa do Direito ¨¤ Defesa pedeiu a soltura de presos que n?o tenham cometido crimes violentos e perten?am a grupos de riscos ao coronav¨ªrus 

Pastoral Carcer¨¢ria pede redu??o de detentos para conter Covid-19 nas pris?es

Fugas em massa de pris?es na Baixada Santista foram registradas, mas j¨¢ controladas, nesta segunda-feira (16). ? o reflexo de a??es tomadas por causa da pandemia do coronav¨ªrus. A Pastoral Carcer¨¢ria Nacional, vinculada ¨¤ CNBB, e o Instituto de Defesa do Direito ¨¤ Defesa (IDDD) pedem a redu??o da popula??o carcer¨¢ria no Brasil como medida preventiva para o controle da difus?o do Covid-19 nas pris?es. O ¨®rg?o n?o-governamental fala em ¡°trag¨¦dia¡± caso a doen?a atinja o sistema prisional.

Andressa Collet ¨C Cidade do Vaticano

O governo municipal da cidade de Mongaguá, na região metropolitana da Baixada Santista, no Estado de São Paulo, cancelou aulas de creches e escolas municipais, além de pedir para a população ficar temporariamente em casa. As informações são da imprensa local e medidas não se referem à prevenção ao Covid-19, mas à rebelião registrada nesta segunda-feira (16): mais de 500 detentos fugiram em massa só do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin, de regime semiaberto. Mais quatro presídios do interior também registraram rebeliões: Tremembé, Mirandópolis, Porto Feliz e Sumaré.

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Até a manhã desta terça-feira (17), 517 presos de pelo menos quatro presídios foram recapturados pela Polícia Militar. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou, ainda, que a situação está controlada e que as fugas ocorreram após a suspensão da saída temporária dos presos prevista para esta terça (17). A medida foi tomada pela Justiça de São Paulo pelo temor de que os detentos retornassem à prisão com o Covid-19 e transmitissem a doença em escalada.

A nota pública da Pastoral Carcerária

 

Já na última sexta-feira (13), a Pastoral Carcerária Nacional havia divulgado uma carta-aberta diante da pandemia do coronavírus e da possível contaminação nas prisões do Brasil. O documento público foi oficializado aos órgãos públicos competentes, como Ministério da Saúde, Justiça e Anvisa: ¡°se o vírus se espalhar pelas prisões brasileiras, as consequências serão desastrosas. 80% dos casos de coronavírus têm sintomas leves, como uma gripe; no entanto, os presos e presas possuem imunidade muito baixa por conta das condições degradantes existentes no cárcere. Prova disso é a tuberculose ter uma incidência 30 vezes maior nas prisões do que na sociedade em geral¡±.

A Pastoral descreveu na carta que foram realizadas ações, na semana passada, como ¡°as suspensões das visitas, maior limpeza das celas, com fornecimento de produtos de limpeza aos presos, distribuição de cartilhas informativas para agentes penitenciários e triagens médicas nos presos¡±. Medidas que, segundo a Pastoral Carcerária, são ¡°de pouca eficácia¡±, visto as celas superlotadas, racionamento de água, alimentação precária, como algumas das condições presentes atualmente nas unidades prisionais do país.

O pedido por ações preventivas

 

A carta aberta trouxe, então, o exemplo de combate efetivo à contaminação do vírus que vem do Irã, país que libertou mais de 120 mil presos como medida preventiva. Junto à discussão promovida pelos agentes pastorais em Curitiba, há 10 dias, a Pastoral Carcerária exige ¡°que sejam tomadas medidas concretas, como o desencarceramento de pessoas presas, para evitar uma epidemia do Covid-19 nas prisões brasileiras, que se alastraria para o restante da sociedade¡±. Além disso, o organismo, vinculado à CNBB, pede a garantia de dignidade mínima aos presos e que ¡°sejam adotadas ações clínico-epidemiológicas preventivas nos presídios brasileiros para evitar que seres humanos sejam contaminados pelo coronavírus e por tantas outras doenças¡±.

Pedido reforçado

 

Nesta segunda-feira (16), o Instituto de Defesa do Direito à Defesa, organização não-governamental brasileira, entrou com um pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal, solicitando a soltura de presos que não tenham cometido crimes violentos e que estejam enquadrados em grupos de riscos à contaminação por coronavírus em todo o país. O documento foi endereçado ao gabinete do ministro Marco Aurélio Mello e tem como iniciativa imediata o controle da proliferação da doença no sistema carcerário brasileiro. O órgão fala em ¡°tragédia¡± caso o coronavírus atinja o sistema prisional.

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18 mar?o 2020, 07:08