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Domingos Pinto – Lisboa

«Não podemos ficar tranquilos, em espera passiva: é necessário passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária».

O desafio foi lançado pelo Patriarca de Lisboa na missa que assinalou em Fátima o encerramento do Ano Missionário Especial convocado pela Conferência Episcopal Portuguesa, e do Mês Missionário Extraordinário proposto pelo Papa Francisco.

Uma celebração eucarística no Dia Mundial das Missões, 20 de outubro, concelebrada por 2 cardeais, 38 bispos e duas centenas de sacerdotes.

Na sua homilia, D. Manuel Clemente disse que “a fé confirma-se na missão e a missão confirma a fé”, porque “quem acredita em Cristo, acredita-O no mundo, continuando-lhe a missão, no impulso do mesmo Espírito”.

O Presidente da CEP lembrou que a oração e a missão "andam a par", considerando que “o desafio cultural da missão é hoje grande, exigindo-nos mais capacidade de escuta e mais disponibilidade dialogante, ouvindo o que nos dizem e dizendo o que nos cumpre”.

Para o Cardeal Patriarca, inúmeras vezes o “sair de casa, em sentido missionário, pode significar virar a esquina e entrar num mundo bem diferente ali ao lado”, o que exige também “mais oração, mais missão”.

“Agradeçamos a Deus tanta generosidade que desperta nos corações missionários, e relembremos sempre que Jesus ligou a quantidade e qualidade dos operários da sua messe à nossa oração nesse sentido”, disse o Patriarca de Lisboa.

Esta eucaristia na Cova da Iria assinalou ainda os 175 anos do Apostolado de Oração - Rede Mundial de Oração do Papa, que terá sido, sublinhou o prelado, “o movimento que mais se espalhou” pelas paróquias portuguesas, “garantindo a vida da fé em tempos particularmente difíceis para a própria sobrevivência das comunidades cristãs”.

No final da celebração, o Cardeal Patriarca de Lisboa e Presidente da CEP, consagrou a Igreja católica em Portugal ao Sagrado Coração de Jesus.