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Cidade do Vaticano
"A difusão de discursos de incitamento ao ódio contra os pastores Fulani, existente nas redes sociais, constitui uma ameaça à unidade e à paz da Nigéria": este é o alerta lançado por Dom Matthew Hassan Kukah, bispo de Sokoto, Nigéria, ao pronunciar-se nos dias passados em um seminário sobre "Fake News e discursos de incitação ao ódio", organizado pelo Centro de Estudos Africanos Olusegun Obasanjo, da Universidade Nacional Aberta da Nigéria, em Abuja.
O precedente dramático de Biafra
O prelado recordou como historicamente os discursos de ódio contra um determinado grupo de pessoas tenha precedido os genocídios, em diversas partes do mundo. Em particular, Dom Kukah comparou o incitamento ao ódio contra os Fulani ao que aconteceu aos Igbo, antes da guerra civil nigeriana, entre 1967 e 1970, quando muitas regiões igbo tentaram se separar, autoproclamando a "República de Biafra". Na época, o governo central respondeu com um cerco à região Biafra, provocando a morte milhões de civis de fome.
Não à categorização étnico-religiosa
Advertindo, portanto, que o país hoje está em um precipício muito perigoso, Dom Kukah convidou os líderes do país a manterem a situação sob controle e a todos os nigerianos a serem custódios de seus irmãos, evitando o uso do critério da categorização étnico-religiosa em suas relações.
O espectro do genocídio
Digno de nota, que na Nigéria os confrontos entre fazendeiros e pastores Fulani causaram a morte de centenas de pessoas e o deslocamento de milhares de outras.
O ex-presidente Olusegun Obasanjo escreveu uma carta aberta ao presidente Muhammadu Buhari, alertando-o sobre o risco de um "genocídio no estilo ruandês" na Nigéria, caso o governo não tome medidas imediatas para acabar com a violência.
(Agência Fides)
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