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Cidade do Vaticano

Como tradição, no último domingo de janeiro, celebra-se o "Dia Mundial de Oração pela Paz na Terra Santa". Neste ano, mais de 10 mil cidades em todo o mundo uniram-se espiritualmente com Jerusalém e Belém. O evento é realizado no final da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Reza-se não somente pela intercessão pela paz em um território abalado por profundas divisões políticas e sociais, mas também para continuar a viver – e incrementar – o respeito e o diálogo, entre os cristãos e também com outras fés religiosas.  

A Terra Santa é um lugar de paz

O Dia de Oração traz consigo múltiplas mensagens, como explica ao Vatican News padre Giuseppe Ferrari, frei franciscano e delegado da Itália para a Custódia da Terra Santa. “É preciso partir – afirma – do que a Terra Santa representa, ou seja, a terra na qual Deus se manifestou e lugar onde o Senhor anunciou a mensagem de paz e de salvação”. Portanto, um lugar que “simboliza uma terra de paz”. Porém as constantes guerras e conflitos representam “uma ferida para a história da humanidade”.

Acostumados com o clima de guerra

Padre Ferrari sublinha o risco, para os que moram na Terra Santa, de serem vítimas de um tipo de “dependência”, ou seja, “de conviver com esta situação de constante tensão como uma normalidade”. Uma realidade que é dramática – comenta o frei franciscano – e que corre o risco de deprimir e cansar as pessoas”.

Para os cristãos não se sentirem sós

A análise do Padre Ferrari focaliza o exíguo número da comunidade cristã na Terra Santa. Em particular, “em Jerusalém diminuiu muito nos últimos vinte anos”. Isso levou os cristãos a “sentirem-se sós”. Por isso o Dia de Oração pela Paz pode representar um modo “de não isolar” os que moram na Terra Santa, mesmo os que professam outras religiões. “Todas as cidades unidas em oração em todo o mundo podem, de fato, representar – explica padre Ferrari – uma luz de esperança. Seria como lançar um raio de luz em um dia nublado”.