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Domingos Pinto – Lisboa

“Evocá-lo é celebrar o seu contributo singular e renovadamente o reconhecer desta feita com um novo galardão, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique”.

Palavras do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa esta 3ª feira, 6 de novembro, na Fundação Gulbenkian em Lisboa no encerramento do Congresso internacional «Repensar Portugal, a Europa e a Globalização».

Um Congresso que assinalou o centenário do nascimento do “cidadão impoluto, empenhado, sábio e pedagogo”, sublinhou o Chefe de Estado que recordou o “professor integro profundo, envolvente, carismático, influente” e “um ser humano completo na unidade do seu ser e na coerência do seu existir”.

O Presidente da República lembrou também a “transição drástica” do pós 1974 vivida pelo padre Manuel Antunes que conheceu as “primícias da democracia”, e lamentou a falta que fez ao país não ter estado “mais tempo” no regime democrático.

O Chefe de Estado reafirmou aquilo a que chama “o vazio no debate intelectual” a que se chegou, “cá dentro e lá fora”, com “omissões de racionalidade” e “superficialidade de vivência coletiva”, e criticou o fim do ensino da cultura clássica nos curricula pré-universitários.

No final da sessão Marcelo Rebelo de Sousa entregou esta condecoração a título póstumo do sacerdote jesuíta a Noémia Simões, sobrinha do Padre Manuel Antunes que em declarações ao portal da Santa Sé recorda as memórias que guarda do seu tio, “ uma pessoa extremamente afável”, e “uma pessoa absolutamente excecional, um sábio, como diria a minha avó”.

“Um Congresso sementeira”, diz por sua vez à VATICAN NEWS o historiador e professor universitário José Eduardo Franco, da organização do Congresso, que deixa algumas linhas de reflexão a partir do debate que marcou esse evento centrado no Padre Manuel Antunes.