Prior de Taiz¨¦ fala sobre os desafios do S¨ªnodo
Cidade do Vaticano
É a terceira vez que o Prior de Taizé participa do Sínodo dos Bispos. Sua experiência, debates e encontros com os milhares de jovens, que visitam a Comunidade francesa de Taizé, na colina de Cluny, permitem-lhe oferecer seu testemunho sobre o tema da Assembleia sinodal.
Em um encontro com Anne Thibout, - do Setor de Serviço nacional para a Evangelização dos Jovens e as Vocações, da Igreja na França ¨C o Irmão Alois fala da sua experiência pessoal com a Juventude.
¡°Os jovens, consultados sobre as suas expetativas, em preparação do Sínodo, - diz o Irmão Alois - apontaram unanimemente a necessidade serem ouvidos e acolhidos pela Igreja¡±.
As diferentes Conferências episcopais, que participaram das reflexões pré-sinodais, afirmam que os jovens desejam ¡°uma Igreja menos institucional e mais relacional, capaz de acolher e sem julgar precipitadamente; uma Igreja ¡°amiga e próxima, uma comunidade eclesial que seja uma família, onde possam ser acolhidos, ouvidos, protegidos e integrados¡±.
O Irmão Alois sublinha afirma que ¡°esta dimensão fraterna não deve ser uma opção entre os cristãos¡±: ¡°Os irmãos da comunidade de Taizé descobrem um lugar onde a disponibilidade e a confiança são possíveis. Uma sociedade sem perdão não pode sobreviver; sem perdão não há futuro, porque reinam a suspeita e a desconfiança¡±.
Testemunho concreto
Um dos principais assuntos que serão debatidos na Assembleia Sinodal é a dimensão missionária do cristianismo, um tema que a Igreja católica no mundo destaca, anualmente, no mês de outubro.
A este respeito, o Prior de Taizé recorda: ¡°Não é suficiente falar. A missão é feita por contágio e não apenas com palavras. É preciso encorajar o contato pessoal que permite a escuta¡±.
Esta recomendação faz eco ao que os jovens buscam para a sua vida espiritual. No contexto do encontro ¡°pré-sinodal¡±, realizado em Roma, ficou claro de que ¡°os jovens querem ser testemunhas autênticos; homens e mulheres que pretendem dar uma imagem viva e dinâmica da sua fé e da sua relação com Jesus; pessoas que levam os outros a se aproximar, se encontrar e se apaixonar por Jesus¡±.
Vocação
O documento preparatório para o Sínodo reafirma que o conceito de vocação se relaciona com a felicidade, que Cristo dá a cada pessoa.
O Irmão Alois partilha o seu ponto de vista: ¡°Os jovens têm um grande desejo: a sede de um amor para sempre, que vai além das numerosas separações, que os jovens assistem nas famílias, mas também na Igreja¡±.
A resposta ao apelo vocacional de cada jovem se ancora na escolha renovada de seguir a Cristo: «Cabe a nós mostrar-lhes que o ¡°Sim¡± é possível, apesar das nossas fragilidades¡±.
Discernimento
Segundo o documento preparatório ¡°o acompanhamento das jovens gerações não é um dever opcional, na educação e evangelização dos jovens, mas um dever da Igreja e um direito da pessoa».
A este respeito, o Prior de Taizé frisa ¡°a necessidade de que todo o ¡°Sim¡± a Cristo seja acompanhado. Por isso, a Igreja deve encontrar novos meios para acompanhar todas as etapas da vida, para discernir sobre a vocação de cada um, seja religiosa seja matrimonial¡±. (O.R. /Anne Thibout)
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