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Domingos Pinto – Lisboa

As duas personalidades homenageadas “são muito caras ao CRC que, ao longo dos seus mais de 30 anos de existência, tem trabalhado sobre o seu exemplo”.

Foi desta forma que o Centro de Reflexão Cristã evocou no passado dia 10 de outubro, em Lisboa, o Papa Paulo VI “que concluiu com determinação e sabedoria o Concílio Vaticano II, e do arcebispo de São Salvador, assassinado em 1980, durante a celebração da missa”.

Uma evocação assinalada com um encontro que teve como oradores convidados Guilherme de Oliveira Martins, do Centro Nacional de Cultura, e Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.

“O Papa Paulo VI foi um homem constante na linha do seu pontificado”, sublinhou à VATICAN NEWS Eugénio da Fonseca que enalteceu “reformas interessantíssimas como foi a reforma litúrgica e, sobretudo, essa aproximação da Palavra de Deus a toda a gente”.

O Presidente da Cáritas lembrou ainda o grande impulso de Paulo VI para a organização da Cáritas em todo o mundo, e “o empenhamento que a igreja devia ter na construção do desenvolvimento, onde passa também a dimensão espiritual”.

Já sobre D. Óscar Romero, Eugénio da Fonseca diz que o arcebispo de São Salvador “deixou o testemunho de um bispo que se tem de misturar com o povo”, um bispo que “saboreava a verdade” e que não se envolvia ”na saliva do azedume, mas na saliva da esperança”.

Por sua vez, Guilherme de Oliveira Martins, sublinha que D. Óscar Romero “representa, afinal, a voz incómoda da justiça”, e Paulo VI “um papa que garante uma nova perspetiva da igreja. Não eurocêntrica, não fechada sobre si, mas aberta ao novo mundo”.