杏MAP导航

 Domingos Pinto – Lisboa

 “Um pensador multifacetado que foi capaz de ler de forma lúcida os grandes problemas, questões, desafios do Homem Contemporâneo”.

É desta forma que o historiador José Eduardo Franco, presidente da comissão organizadora do congresso comemorativo do centenário do nascimento do padre Manuel Antunes destaca à VATICAN NEWS o legado do sacerdote jesuíta que nasceu a 3 de novembro de 1918 e faleceu em 1985.

O congresso internacional ‘Repensar Portugal, a Europa e a Globalização: 100 Anos Padre Manuel Antunes’ vai realizar-se de 3 a 6 de novembro em Lisboa e na Sertã, terra natal do professor universitário e ensaísta português.

“Um dos maiores pensadores do século XX português e uma obra extraordinária”, diz José Eduardo Franco, que espera um congresso a lançar “perspetivas novas sobre o futuro”,  tanto mais que o padre Manuel Antunes “foi capaz de desenvolver aquilo que nós chamaríamos um pensamento prospetivo”, ou seja, “conseguia perceber tendências e antecipar futuros”.

“Propôs uma releitura da identidade portuguesa após o 25 de Abril (de 1974), e no quadro da emergência da sociedade democrática”, frisa o historiador que vê no padre Manuel Antunes um homem que dialogou com “a cultura, a ciência e a politica”.

Para o prof. Jose Eduardo Franco, o sacerdote jesuíta “ foi um grande pedagogo do Concilio Vaticano “, ou seja, “pensou também a religião, a igreja, a  teologia, a espiritualidade no contexto da renovação conciliar propondo uma atualização da igreja e uma adequação da igreja aos novos tempos”.

“Defendia uma renovação da igreja na fidelidade às origens, na fidelidade àquilo que é o essencial, mas sendo capaz depois de abraçar o homem contemporâneo. Não se entrincheirar, mas precisamente ele seria o percursor perfeito do Papa Francisco”, conclui o presidente da comissão organizadora do congresso que vai assinalar o centenário do nascimento do padre Manuel Antunes.

Anexos:

File áudio: PADRE MANUEL ANTUNES

Foto: P. Manuel Antunes