"A Venezuela atravessa a pior crise da sua hist¨®ria recente"
Domingos Pinto - Lisboa
¡°A falta de alimentos, a falta de medicamentos e a imigração forçada, são os três problemas mais graves que temos neste momento¡±. O diagnóstico é feito à VATICAN NEWS pela irmã Maria José González, da Cáritas da Venezuela, no final da visita que acaba de fazer a Portugal.
Uma visita a convite da Cáritas Portuguesa que teve início no passado dia 3 de setembro marcada por encontros diversos com entidades civis e religiosas, nomeadamente, o Presidente da República e o Núncio Apostólico, e ainda nas comunidades de portugueses regressados da Venezuela, na Madeira, Aveiro e Lisboa.
¡°A Venezuela atravessa a pior crise da sua história recente¡±, afirma a religiosa que dá conta do ¡°aumento da pobreza com o deterioramento da qualidade de vida, o deterioramento da saúde e o acesso aos serviços púbicos, o aumento da violência, da insegurança¡±.
A diretora da Cáritas de Los Teques, capital do Estado de Miranda, está igualmente preocupada com a emigração lusa na Venezuela, nomeadamente, ¡°os filhos de emigrantes portugueses que não querem vir para Portugal, mas a crise obriga-os a regressar¡±.
¡°Fala-se muito da crise política no país, mas desconhece-se a crise económica, social, que degenerou numa saída forçada do país¡±, explica a religiosa venezuelana.
Nesta perspetiva, a irmã Maria José González diz que ¡°tem havido boa recetividade da parte do governo português para garantir a estadia ou a chegada desses portugueses¡±, e espera que ¡°essa palavra seja realidade¡±.
A religiosa agradece também ao Papa Francisco ¡°a sua preocupação para com este povo que sofre¡±, um papa que, ¡°por ser da América Latina, também pode compreender muito mais a crise que estamos vivendo e nos tem ajudado muito em todos os momentos¡±.
Ao portal da Santa Sé, aquela responsável elogia a ajuda da Cáritas Portuguesa, em concreto no apoio às grávidas, na alimentação de crianças até aos 5 anos de idade, e ainda no acompanhamento da emigração.
Em 2017, a Cáritas Portuguesa enviou uma ajuda de cerca de 50 mil euros para a sua congénere da Venezuela para dar uma resposta de emergência a cerca de 24 mil pessoas em situação de carência social e económica.
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