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Reflex?o para o II Domingo de P¨¢scoa , o Domingo da Divina Miseric¨®rdia

S?o Lucas deseja, nos Atos dos Ap¨®stolos, quando descreve a primeira Comunidade Crist?, incentivar todos n¨®s a que n?o nos acomodemos com os modelos de sociedade que n?o est?o de acordo com o esp¨ªrito crist?o.

Padre César Augusto dos Santos - Cidade do Vaticano

São Lucas deseja, nos Atos dos Apóstolos, quando descreve a primeira Comunidade Cristã, incentivar todos nós a que não nos acomodemos com os modelos de sociedade que não estão de acordo com o espírito cristão. Uma sociedade onde se encontram ricos e pobres, pessoas carentes e pessoas que possuem tudo, pessoas exploradoras e pessoas exploradas, é uma sociedade antinatural, pecadora e que agride os planos divinos. Não podemos aceitá-la e, por uma questão de fidelidade à fé cristã, devemos rejeitá-la.

Lucas diz que uma comunidade de acordo com os preceitos cristãos é aquela onde ¡°A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum¡±. Era formada, realmente, por pessoas ressuscitadas, livres para partilhar, livres do medo da morte.

Partilhavam porque estavam ressuscitadas: o receio, o medo da partilha, de ficar sem, de morrer, o apego aos bens deste mundo não tinham mais poder sobre elas. Por isso, haviam acabado coma a miséria e com o latifúndio. Eram irmãos! Todos tinham tudo, todos viviam com dignidade!

A segunda leitura nos diz que quem vive o ensinamento dos Atos dos Apóstolos é porque segue os mandamentos de Jesus, por que tem fé, crê nele. Jesus mandou amar o próximo como a si mesmo.

No Evangelho, Jesus sopra sobre os discípulos e lhes comunica sua própria missão, formar a nova sociedade, a grande comunidade fraterna. Sua vida, de acordo com os ensinamentos cristãos, vai denunciar o pecado do mundo, mostrar sua caducidade, ao mesmo tempo em que mostra a vida partilhada, da gratuidade, da ausência de carentes, a perenidade da felicidade trazida pela vida partilhada.

Queridos ouvintes, precisamos dos bens deste mundo, deveremos usá-los, mas sem sermos seus escravos; eles foram feitos para nos servir. Portanto, através do gesto cristão da partilha, façamos com que eles sirvam à formação de uma nova sociedade e sejam transformados em riqueza espiritual. Assim saberemos dar aos bens que passam uma finalidade que não passa, que é eterna, a caridade, o amor.

Ouça a reflexão para o II Domingo de Páscoa

 

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07 abril 2018, 08:32