Portugal: Impostos e Prote??o de Dados preocupam Institutos Religiosos
Domingos Pinto - Lisboa
A Conferência dos Institutos Religiosos em Portugal refletiu sobre ¡°as alterações que a Concordata de 2004 trouxe em matéria de fiscalidade¡±, sublinhou à VATICAN NEWS o Padre José Vieira, presidente daquele organismo.
Foi um dos temas analisados na assembleia geral da CIRP do passado dia 17 em Fátima, com a ajuda de especialistas em fiscalidade para clarificar ¡°alguma confusão¡± que tem surgido nesta matéria.
Se a Concordata de 1940 dava isenção total à Igreja Católica, a de 2004 põe fim a essa isenção total, ou seja, os rendimentos de atividades e bens dos Religiosos passaram a ser tratados no âmbito da fiscalidade normal, exceto o que é exclusivamente religioso.
Por exemplo, ¡°não fazia sentido um «padre professor» estar a receber o salário por inteiro, enquanto que um «professor pai» recebia parte do salário porque uma parte do dinheiro teria de pagar impostos ao Estado¡±, diz o padre José Vieira que lembra outras situações em que ¡°as câmaras municipais começaram a pedir impostos sobre o imobiliário (casas, terrenos), a torto e a direito, e daí a confusão¡±.
Outra questão em análise foi a nova lei da Proteção de Dados que vai entrar em vigor no próximo mês de maio, na União Europeia.
¡°Isto traz implicações a vários níveis,¡± desde ¡°a base de assinantes de uma revista, às fichas de inscrição de alunos nos colégios, às crianças que vão à catequese¡±, entre outras situações concretas, explica o provincial dos combonianos portugueses.
Todos estes dados vão ser ¡°protegidos¡± e ¡°implicam uma autorização explicita de quem os fornece para serem guardados num ficheiro, ou eletrónico num computador, ou em papel¡±, precisa o sacerdote que destaca ainda ¡°a situação de carestia vocacional¡± nos Institutos Religiosos.
Neste contexto o padre José Vieira pede orações pelas vocações consagradas, e deixa o desafio ¡°a tomarmos a inspiração do Papa Francisco a continuar a acreditar nos jovens¡±, ou seja ¡°dar-lhes vez e protagonismo também nas nossas instituições¡±.
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