Globaliza??o ¡°tende a gerar um fosso entre ricos e pobres¡±
Domingos Pinto ¨C Lisboa
A ¡°ambivalência¡± da globalização nos seus aspetos positivos e negativos marcou o Encontro do Conselho das Conferências Episcopais Europeias e Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar.
Um encontro que começou em Lisboa no dia 12, e encerrou em Fátima no passado domingo, 15, centrado no tema ¡®O significado da globalização para a Igreja e para as culturas na Europa e na África¡¯.
No comunicado final, os bispos sublinham como pontos positivos ¡° a solidariedade entre nações e povos¡± que ¡°pode servir a justiça e a paz; pode levar à partilha das riquezas espirituais e materiais a nível local e mundial; pode difundir ideias e valores nobres e construtivos¡±.
No entanto, em sentido contrário, ¡°a globalização, quando marcada pelo pecado como hoje em dia acontece frequentemente, tende a gerar um fosso entre ricos e pobres, entre os poderosos e os mais débeis; reforça a luta pelo poder, por um maior lucro e pelo hedonismo¡±, assinala a nota.
Os bispos católicos da África e Europa apontam também a multiplicação dos conflitos armados e o aumento do drama dos refugiados e dos migrantes, como ¡°frutos amargos da globalização¡±, e reafirmam que ¡°a defesa dos pobres, doentes, marginalizados e fracos, não é opcional, mas um imperativo¡±.
Os prelados europeus e africanos denunciam ainda as ¡°ideologias¡± que promovem uma ¡°sociedade erotizada, o pan-sexualismo e a teoria do género¡±, e deixam a terminar ¡°um apelo urgente em vista de uma ação efetiva de apoio às famílias na sua responsabilidade educativa¡±.
O encontro teve lugar em Portugal a convite do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, o Cardeal-patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente, que falou do papel histórico de Portugal na globalização e da ¡°evangelização como realidade global¡±.
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