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O pedido de perd?o de Fujimori foi muito gen¨¦rico, disse Dom Prevost. "Talvez seria mais eficaz de sua parte pedir pessoalmente o perd?o por algumas grandes injusti?as cometidas" O pedido de perd?o de Fujimori foi muito gen¨¦rico, disse Dom Prevost. "Talvez seria mais eficaz de sua parte pedir pessoalmente o perd?o por algumas grandes injusti?as cometidas" 

Bispos: perd?o a Fujimori ¨¦ inoportuno e desestabiliza o pa¨ªs

¡°N?o ¨¦ o momento justo para perdoar Fujimori: o Peru est¨¢ desestabilizado e nesta situa??o chegar¨¢ o Papa Francisco, portanto acredito que a sua acolhida n?o ser¨¢ a mesma em meio a uma crise nacional¡±, argumentou o bispo da Diocese de Chimbote, Dom ?ngel Francisco Sim¨®n Piorno.

Cidade do Vaticano

Desconforto e desilusão, além de confusão política. Este é o clima que reina no Peru depois que o presidente Pedro Pablo Kuczynski concedeu o indulto de Natal ao ex-presidente Alberto Fujimori condenado à prisão por ¡°crimes contra a humanidade¡±.

O presidente Kuczynski  havia obtido o apoio do Congresso (78 votos a favor, 19 contrários e 21 abstenções) em 21 de dezembro  para continuar o mandato presidencial, depois de ter sido acusado de corrupção e incapacidade moral pela oposição, liderada justamente pelos filhos de Fujimori.

Diante das ameaças de manifestações e protestos, a Conferência Episcopal havia pedido em 20 de dezembro para ¡°pensar ao bem comum e na democracia¡± evitando assim a violência, ao mesmo tempo em que condenava  a corrupção.

A notícia do indulto a Fujimori provocou reações na opinião pública e entre a classe política. O ministro da cultura apresentou sua demissão do cargo, enquanto multidões foram às ruas protestar contra ¡°a liberdade concedida a um genocida¡±, segundo a imprensa local.

¡°Não à graça¡±, gritavam os manifestantes na véspera do Natal. Já no dia seguinte, tentaram ir até o hospital onde Fujimori estava internado desde 23 de dezembro devido a uma queda de pressão, mas foram impedidos pela polícia.

Fujimori, de 79 anos, foi agraciado com o indulto pelo governo, pelas suas precárias condições de saúde, depois de ter sido condenado em 2009 a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade.

A Igreja Católica apelou à calma, mas criticou duramente a forma como os fatos aconteceram.

O bispo da Diocese de Chimbote, Dom Ángel Francisco Simón Piorno, considera que o perdão ao ex-presidente é uma decisão inoportuna que desestabilizou e abalou o país.

¡°Não é o momento justo para perdoar Fujimori: o Peru está desestabilizado e nesta situação chegará o Papa Francisco, portanto acredito que a sua acolhida não será a mesma em meio a uma crise nacional¡±, argumentou o prelado.

Dom Ángel também explicou que as desculpas de Fujimori devem ser melhor detalhadas e fortes do que aquelas por ele apresentadas em um vídeo  divulgado nas redes sociais: deve desculpar-se com as famílias das vítimas de Barrios Altos, La Cantuta e El Santa, entre outros.

Também o bispo da Diocese de Chiclayo, Dom Robert Prevost, falou do perdão ao ex-presidente Fujimori e disse que deveria desculpar-se com cada um das vítimas de seu governo, para entrar em um caminho de reconciliação.

¡°O ex-presidente Alberto Fujimori pediu perdão de forma genérica, reconhecendo em termos gerais a sua culpabilidade e alguns se sentiram ofendidos. Talvez seria mais eficaz de sua parte pedir pessoalmente o perdão por algumas grandes injustiças cometidas e pelas quais foi processado¡±, declarou Dom Prevost à imprensa local.

O bispo também pediu aos manifestantes que rejeitam o perdão, para manifestarem-se pacificamente nas ruas, sem insultos ou violências, para não provocarem ulteriores divisões.

(Ag. Fides)

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28 dezembro 2017, 15:27