Cabo Verde. Exposi??o sobre Franz Kafka na cidade da Praia
Dulce Araújo - Vatican News
Há 101 anos falecia o famoso escritor checo, Franz Kafka. A efeméride é recordada na cidade da Praia com a exposição "Franz Kafka, um homem do seu e do nosso tempo".
Uma das protagonistas desta iniciativa é a Rosa de Porcelana Editora que a anunciou como uma das atividades em pauta entre a 7ª edição e a 8ª do Festival agendada para junho de 2026.
Patente no Espaço Oficial do antigo Chefe de Estado e escritor, Jorge Carlos Fonseca, a exposição consiste num conjunto de painéis foto-biográficos sobre Kafka, concebidos a partir do livro homónimo do poeta Radek Maly e da ilustradora Renata Fucikova - revela Filinto Elísio, cofundador da Rosa de Porcelana Editora, na sua página fb.
Extensões do Festival
As outras atividades anunciadas prendem-se com extensões em diversas cidades e países. Têm a duração de um dia e consistem numa mesa de analise científica e numa de reflexão e debate entre escritores. A primeira extensão deste ano foi a 1 de julho, no Tarrafal, ilha de Santiago. Prevêem-se outras em Lisboa, Roma, Brasil.
Homenageados em 2026: Nha Nácia Gomi e Manoel de Barros
No final da 7ª edição do Festival no Sal - do qual os organizadores saíram ¡°contentes¡± e com sentimento de ¡°objetivos cumpridos¡±, embora seja sempre uma ¡°aprendizagem¡± - foi também anunciado que os homenageados de 2026 serão a cabo-verdiana, Maria Inácia Gomes Correia (Nha Nácia Gomi), cantadeira de finaçon e batucadeira, e o poeta brasileiro, Manoel de Barros, pelo centenário dos respetivos nascimentos.
De salientar que com exceção de 2024 em que, pela importância da personalidade, se homenageou apenas Amílcar Cabral, e este ano, os quatro países que celebram 50 anos de independência, o Festival homenageia geralmente duas personagens: uma cabo-verdiana e uma estrangeira. Nha Nácia Gomi e Manoel de Barros têm em comum a organicidade poética, através da oratura e da desconstrução da língua, respetivamente - frisa Filinto Elísio.
Reestruturação do Festival
Ainda como novidade para as próximas edições do Festival, está em vista, graças a novas parcerias, em particular a ¡°Nova Monte¡±, uma reestruturação do Festival, aumentando os dias da edição no Sal, a estabilização da extensão no Tarrafal e criação de extensões noutras ilhas de Cabo Verde.
Em fase de preparação está também a nova regulamentação para o Prémio Llana, o maior da literatura em Cabo Verde (sustentado pelo Ministério do Turismo e Transportes e Câmara Municipal do Sal) e que no próximo ano será sobre a poesia.
Fazer do Sal um ponto vibrante e ativo da Literatura
Ao traçar o balanço da 7ª edição do FLM-Sal, em que a poesia teve um lugar de destaque com a homenagem a quatro poetas africanos (Agostinho Neto - Angola; Onésimo Silveira - Cabo Verde; Noêmia de Sousa - Moçambique; e Alda Espírito Santo - São Tomé e Príncipe) Filinto Elísio exalta o valor deste género literário na humanização do mundo e como pilar da cabo-verdianidade. Salienta igualmente a forma como escolas do Sal são envolvidas no Festival e o entusiasmo com que os alunos se vão apropriando do evento. Tudo contribuindo para fazer da ilha ¡°um ponto vibrante e ativo da literatura¡± como era na intenção dos fundadores do FLM-Sal. É uma ¡°sementeira em campo fértil¡± cujos frutos virão com o tempo, remata Filinto Elísio que podeis aqui ouvir:
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