Jovens e poesia marcaram o in¨ªcio da 7? edi??o do FLMS
Dulce Araújo, Vatican News
Vieram de várias escolas das ilhas e, ao lado de escritores, professores, investigadores e demais convidados, encheram o Auditório do Hotel Belo Horizonte, na tarde de abertura da 7ª edição do Festival de Literatura-Mundo do Sal ¨C FLMS - que decorre de 26 a 29 de junho em Santa Maria, na ilha do Sal.
¡°Sem os jovens este Festival não teria sentido¡± ¨C disse-lhes afetuosamente, a curadora científica, Inocência Mata, Docente na Universidade de Lisboa. Por sua vez, Júlio Santos, Presidente da Câmara do Sal que, juntamente com a Rosa de Porcelana Editora e diversos parceiros, torna possível este Festival, frisou que a espiritualidade e a cultura é o que nos projeta no futuro, razão pela qual vem fazendo, há sete anos, que o Festival aconteça.
Os alunos vieram com professores para declamar poesias e mostrar o que aprenderam sobre os poetas e combatentes pela liberdade: Agostinho Neto, de Angola, Onésimo Silveira, de Cabo Verde, Noêmia de Sousa, de Moçambique e Alda Espírito Santo, de São Tomé e Príncipe, figuras homenageadas pelo Festival no âmbito dos 50 anos da independência destes quatro países.
O ponta pé de saída foi dado pela escritora Fátima Bettencourt que recitou ¡°Um poema diferente¡± de Onésimo Silveira, seguiram-se os jovens que proporcionaram ao público uma tarde animada, e emocionante, como referem alguns deles:
Quanto à recitação no Festival, Maria achou que foi muito especial¡
Filipe Jorge, 16 anos, faz música, geralmente, e embora sem se considerar poeta, trouxe uma poesia da sua autoria¡
Tal como o Filipe Jorge, muitas outras pessoas, jovens e adultos recitaram poemas, próprios, ou doutros autores, quase sempre relacionados com a luta de libertação¡
Á sessão de recitação da poesia, seguiu-se a mesa de análise científica do legado dos quatro autores homenageados por estudiosos das suas obras. Da moçambicana, Noêmia de Sousa, falou a investigadora da Universidade Nova de Lisboa, Margarida Rendeiro:
Em relação a Alda Espírito Santo, ficou o testemunho da também poeta santomense, Alda Barros que a conheceu de perto¡
Marcantes foram também as amplas e profundas análises sobre Agostinho Neto, por Luca Fazzini, e de Onésimo Silveira, por Jorge Tolentino.
Foi assim a tarde de abertura desta 7ª edição do FLMS, que está numa fase de viragem, anunciou Filinto Elísio, da Rosa de Porcelana Editora, prometendo muitas surpresas. E se ontem vieram alunos ao Festival, na manhã de sexta-feira, são os escritores a ir em visita ao Colégio Letrihas na cidade de Espargos, onde poderão também degustar uma cachupa (cozinhado à lenha), prato nacional de Cabo Verde. À tarde serão mesas de reflexão, uma das quais sobre as literaturas dos PALOP na Literatura-Mundo.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp