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Lusofonias - Esperan?a 2 - Fi¨¦is na Pra?a S?o Pedro, em Roma Lusofonias - Esperan?a 2 - Fi¨¦is na Pra?a S?o Pedro, em Roma 

Lusofonias: A ¡®Esperan?a¡¯ do Papa Francisco - 2

Para celebrar os 12 anos de pontificado de Francisco, mais uma mem¨®ria do P. Tony Neves atrav¨¦s da sua autobiografia ¡°Esperan?a¡±, uma obra de leitura obrigat¨®ria para quem quer conhecer Francisco, perceber a Igreja como Fam¨ªlia e a Miss?o como Encontro, Proclama??o, Alegria, Miseric¨®rdia e Ternura, Fraternidade e Inclus?o, Ecologia Integral e Sinodalidade.

Por Tony Neves, para o Vatican News

A autobiografia do Papa Francisco foi publicada já em dezenas de línguas, muitas delas com várias edições. Continuo a partilhar as marcas que a leitura deste livro gravou no meu coração. O Papa Francisco defende que a Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai, não uma alfândega, mas a casa paterna onde há lugar para cada um (¡­) deve chegar a todos, sem exceções¡¯.

Porque a Igreja é mulher, é decisivo que as mulheres tenham cada vez mais voz na Igreja. Devemos ¡®desmasculinizar¡¯ a Igreja, com a convicção de que ¡®Maria é mais importante que Pedro, e o carácter místico da mulher é maior que o ministério¡¯. ¡®Não há razões que impeçam as mulheres de assumir papéis de liderança na Igreja¡¯.

Os Bispos e Padres têm de ser pastores com o cheiro das ovelhas, não tradicionalistas ou fundamentalistas, ostentação de clericalismo. Recebeu de Bento XVI a ¡®Caixa Branca¡¯: ¡®está tudo aqui dentro¡­Eu cheguei até aqui¡­agora cabe-te a ti!¡¯ Francisco testemunha: ¡®Bento XVI foi para mim um pai e um irmão (¡­); ajudou-me, aconselhou-me, apoiou-me e defendeu-me até ao fim¡¯¡¯.

Mas a abertura da Igreja a todos tem encontrado muitas resistências. O mesmo se diga das reformas da Cúria Romana e da Diocese de Roma. Nomeou o Conselho de Cardeais e implementou a caminhada Sinodal, mudou a lógica da escolha de novos Cardeais¡­

O Papa partilha momentos muito dolorosos, como a escuta das vítimas da guerra na República Democrática do Congo ou a visita ao Campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Beijou os pés dos líderes do Sudão do Sul. Há que lutar contra a globalização da indiferença.

As duas encíclicas sociais, (¡®Laudato s졯 e Fratelli tutti¡¯) assentam no princípio de que tudo está interligado. A pandemia do coronavírus confirmou-o. Morreram mais de 20 milhões de pessoas, uma guerra mundial. Por isso, o Papa foi a Santa Maria Maior e a S. Marcelo e, depois, trouxe o ícone de N. Senhora e o Crucifixo da Igreja de S. Marcelo para a grande oração, à chuva, sozinho, na Praça de S. Pedro, difundida em todo o mundo pelos media. Todos na mesma barca a enfrentar a mesma tempestade!

As mudanças climáticas lançam desafios ecológicos enormes, implicando uma alteração de estilo de vida.

As viagens papais tiveram sempre escolhas cirúrgicas. O Papa quis ir, ainda em tempos de pandemia, ao Iraque, ¡®visitar o avô Abraão¡¯, lá onde os cristãos sobreviventes são de uma coragem à prova da fé. Visitou campos de refugiados e migrantes, denunciando um Mediterrâneo transformado em ¡®frio cemitério sem lápides¡¯.

Sobre os seus limites de saúde, o Papa assume-os. Diz que eles são mais visíveis na locomoção, mas defende que ¡®a Igreja se governa com a cabeça e o coração, não com as pernas!¡¯.

Deus é humor e um cristão triste é um triste cristão. Por isso, o Papa convidou ao Vaticano cem artistas humoristas. Conta diversas anedotas que envolvem Papas e defende que o  mau humor nunca é sinal de santidade.

Os jovens são presente e futuro. A educação é um ato de esperança que do presente olha o futuro. O Papa recorda as quatro Jornadas Mundiais que presidiu: Brasil, Polónia, Panamá e Portugal: ¡®cresço sempre em esperança quando encontro os jovens!¡¯. E estamos já debaixo das asas da Inteligência Artificial que é a trincheira avançada da inovação tecnológica. Mas ¨C para o Papa é claro ¨C ¡®a IA não pode construir um mundo sem coração¡¯.

A Igreja tem raízes no futuro, na promessa de Cristo. São as testemunhas que movem os corações, é por atração que se cresce. Uma igreja fechada, assustada, é uma Igreja morta. Também a indiferença mata. A esperança nunca desilude. É a esperança que mantém em pé a vida, que a protege, a guarda, a faz crescer. A esperança é uma âncora. Vivemos o Jubileu que nos oferece a experiência que suscita no coração a esperança certa da salvação. Quando estamos um pouco cansados, o Senhor sabe mesmo levar-nos ao colo.

Conclui e resume o Papa: ¡®para nós, cristãos, o futuro tem um nome e esse nome é esperança!¡¯.

Esta é ¨C em resumo - uma obra de leitura obrigatória para quem quer conhecer o Papa Francisco, perceber a Igreja como Família e a Missão como Encontro, Proclamação, Alegria, Misericórdia e Ternura, Fraternidade e Inclusão, Ecologia Integral e Sinodalidade.

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19 mar?o 2025, 10:28