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Marcelo Panguana - Um outro olhar da literatura

Vencedor do Pr¨¦mio Liter¨¢rio Craveirinha 2023, o escritor mo?ambicano, Marcelo Panguana, falou com a R¨¢dio Vaticano da sua escrita, da pujan?a da literatura em Mo?ambique e do desejo de que essa literatura seja mais conhecida fora do pa¨ªs. Otimista, n?o obstante as dificuldades dos artistas e do pa¨ªs em geral, ele olha para o futuro com confian?a, pois os mo?ambicanos s?o um povo sonhador e lutador - afirma, enquanto que o seu perfil liter¨¢rio ¨¦ revelado na cr¨®nica do editor, Filinto El¨ªsio.

Dulce Araújo - Vatican News

O programa "África em Clave Cultural: personagens e eventos" foi esta semana até Moçambique conhecer o perfil do vencedor do maior prémio literário do país - o Prémio José Craveirinha - atribuído este ano ao escritor, Marcelo Panguana.

Ele deu à estampa a sua primeira obra em 1987. E desde então já produziu mais de uma dúzia de títulos, muito apreciados no país e que se colocam ao lado de obras de uma série de escritores da sua geração que se esforçou por um "perfil literário que fosse nosso" - sublinha, considerando que esse Prémio é para todos eles. 

Um Prémio que é, de algum modo, o testemunho da maturação literária de Marcelo Panguana ao longo destes anos todos, assim como também de toda a literatura moçambicana, hoje pujante, embora falte, a seu ver, uma dinâmica igualmente pujante da indústria editorial que leve essa literatura a ultrapassar as fronteiras para ser dada a conhecer a outras áreas do mundo.  

Na entrevista, Marcelo fala também da sua mais recente obra, "A Hora Maconde" em que, com sentido de ¡°responsabilidade¡±, revela as vicissitudes existenciais dos tempos da guerra de libertação de Moçambique que o viu lutar do lado oposto.

Fala igualmente da participação, cada vez mais significativa, da mulher na escrita literária em Moçambique e do futuro promissor que isso representa. 

Humilde, Marcelo Panguana responde a contragosto ao pedido de uma mensagem no final da entrevista, consciente de que os escritores não são conhecedores de tudo. O seu maior desejo é, contudo, que se continue a escrever no país, que haja mais leitores e que se dê o salto para além-fronteira. 

Revela ainda que já tem uma nova obra a caminho, num dos numerosos géneros literários em que escreve.

As dificuldades que podem afetar a vida de um escritor num contexto onde os artistas não são plenamente tidos em conta, não o assustam, assim como não o assusta o "momento conturbado" que Moçambique atravessa. Está confiante de que conseguirão ultrapassar tudo. De resto, afirma, os moçambicanos são um povo sonhador e lutador e uma nova aurora despontará. 

Confira tudo na emissão que aqui fica e na qual pode também seguir a crónica do editor, Filinto Elísio (Rosa de Porcelana Editora), assim como parte da entrevista com o Marcelo.

Emissão:

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10 novembro 2023, 12:40