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Domingos Pinto - Lisboa

“Levar o IILP às pessoas, aos países. A Língua Portuguesa é fundamental, é o elo que nos liga, é a língua que nos serve de ponte”.

É a grande prioridade que o Diretor Executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa define para o seu mandato à frente daquela instituição criada pela CPLP para defender e promover o «Português» no espaço da lusofonia.

Em entrevista à VATICAN NEWS, de passagem por Lisboa, o guineense Incanha Intumbo aponta algumas preocupações do IILP, desde logo dificuldades dos países membros em “regularizar as suas contribuições”, que representam “a única fonte de rendimento do IILP”.

“Nós compreendemos a situação, mas também não podemos ficar parados”, sublinha aquele responsável que destaca Portugal que “deu uma contribuição extra”, uma ajuda que dá a possibilidade ao IILP de ter dois cientistas residentes pelo período de três anos.

Já em relação à difusão e promoção da língua portuguesa na lusofonia, Incanha Intumbo espera melhorias em relação a países onde ainda persistem sérias dificuldades, como a Guiné-Bissau, Timor Leste e Guiné Equatorial.

No caso do mais recente membro da CPLP, onde o processo é ainda “muito lento”, vai ser criada uma “comissão nacional da Guiné-Equatorial para o IILP”, explica aquele responsável que fala também de “um interesse genuíno para que o «Português» seja língua de trabalho nas Nações Unidas”.

Ao portal da Santa Sé Incanha Intumbo destaca ainda a ação da igreja na promoção da língua portuguesa, um “papel que “é de louvar”, e dá como exemplo a Guiné-Bissau onde “grandes estudos sobre a Língua foram feitos por pioneiros missionários, e isso demonstra, de forma muito clara, quão importante é o papel da igreja nas questões da língua”.

O Diretor Executivo do IILP elogia ainda o pontificado do Papa Francisco que “diz as coisas como devem ser ditas”.

“Não sinto meias verdades no discurso do papa, diz as coisas de forma muto clara”, conclui Incanha Intumbo, que gostaria de ver o papa visitar a CPLP.