CPLP cria fundo especial para ajudar Mo?ambique
Domingos Pinto ¨C Lisboa
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa vai criar um fundo especial para apoiar as vítimas do ciclone Idai em Moçambique.
O anúncio foi feito em conferência de imprensa, esta sexta-feira, 22 de março, na sede da CPLP em Lisboa, pelo presidente em exercício da organização, no final da reunião extraordinária do Comité de Concertação Permanente da comunidade lusófona.
Uma decisão tomada "por consenso¡±, referiu Eurico Monteiro, uma reunião em que os representantes dos nove países-membros analisaram as consequências da passagem do Idai e debateram "propostas para ajudar a mitigar a tragédia".
CPLP dará contributo de forma significativa
O embaixador de Cabo Verde em Lisboa sublinhou que a organização vai dar o seu contributo "de forma significativa" para apoiar a população moçambicana, ajuda que passará de imediato por este fundo especial ainda sem um montante definido.
O diplomata cabo-verdiano adiantou que na próxima reunião do Comité de Concertação Permanente da CPLP, agendada para 28 de março, vão ser definidas as regras relativas ao fundo, cuja aplicação e gestão vai ser coordenada pelas autoridades moçambicanas.
Os 18 Países observadores chamados a contribuir
Por sua vez o secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, sublinhou que também os 18 países com estatuto de observador vão ser chamados a contribuir para o fundo.
O diplomata português disse neste contexto que vai ser ativada a comissão temática para a saúde, "no sentido de preparar e desenvolver esforços para em coordenação com as autoridades moçambicanas acudir a situações de emergência, nomeadamente a nível da malária e da cólera".
Francisco Ribeiro Telles adiantou ainda que os Estados-membros vão também discutir a criação de uma força conjunta no domínio da proteção civil para dar resposta a problemas dessa natureza, na próxima reunião ministerial em abril.
Embaixador moçambicano e as dimensões dramáticas da catástrofe
Ainda nesta conferência de imprensa, o embaixador moçambicano em Lisboa, Joaquim Bule, lamentou as "dimensões dramáticas" da catástrofe e agradeceu a solidariedade dos países da CPLP que permite "estar firme para enfrentar o futuro com esperança".
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